“Se a gente sair dessa, vamos ganhar muita moral”

Um dos jogadores que vivem a pressão de enfrentar o dramático perigo de ser rebaixado logo em seu primeiro ano como profissional é Paulinho. Mas o lateral-direito de 20 anos, efetivado no decorrer do Brasileiro, acredita que a situação será boa para seu futuro.

O atleta comenta que o desafio está servindo para lhe dar maturidade. “Com a experiência que estou adquirindo hoje, não vou me assustar quando enfrentar outros problemas parecidos lá na frente”, pondera.

Ele ressalta que um time com seguidos resultados ruins acaba tendo seu elenco desvalorizado. “Se a gente estivesse bem na competição, tenho certeza que olhariam para os jogadores do Bahia com mais atenção para as convocações. Agora mesmo está tendo o Mundial Sub-20 e eu poderia estar lá”, diz, com tristeza.

Além de Paulinho, atletas como Fabiano, Gustavo Castro, Marcelo Nicácio, William, Elias e Cícero também vivem o mesmo drama. Os dois últimos viverão hoje a sensação de começar uma partida atuando juntos. Ambos vieram para o Fazendão através do Tombense-MG, clube no qual faziam dupla na meia-cancha.

Elias, de 20 anos, vê a questão com naturalidade. Ele concorda que é perigoso lançar jovens quando um time não passa por um bom momento, mas assegura que tem entrado tranqüilo em campo. “O cara que quer ser profissional tem que encarar qualquer coisa. É difícil, mas o jogador tem que estar pronto para corresponder em todas as ocasiões”.

Um ano mais novo que o colega, Cícero analisa o problema de forma parecida. Sua situação é até mais complicada. Meia de origem, vai jogar em Criciúma improvisado na lateral-esquerda: “Realmente, não é fácil jogar sob pressão. Mas procuro ver o lado positivo. Se a gente sair dessa, vamos ganhar muita moral e começar o ano que vem por cima”.

A Tarde (Adaptado)

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