Revoltado com Nonato, o presidente Marcelo Guimarães decidiu afastá-lo de uma vez do clube. Estranho é que o técnico Edinho Nazareth havia antecipado sua volta ao time no jogo decisivo de domingo contra o Cruzeiro. Perspectiva de que o centroavante se motivaria. Puro engano.
O cartola tricolor, decepcionado, afirmou que “ele foi mau atleta desde o time de juniores, ressaltando que iria estudar que tipo de punição financeira daria ao jogador.
Segundo Guimarães, até com os companheiros o artilheiro se queimou. “Não há mais clima para Nonato ficar no Fazendão e seus direitos federativos serão colocados à venda”, disse.
Por volta das 15 horas desta quinta-feira, o grupo começou a chegar à Fonte Nova, local do treinamento. O tempo foi passando e nada de Nonato dar as caras para trabalhar. Sem alternativa, Edinho começou a atividade sem o atacante paraense.
Enquanto a bola rolava, o supervisor Roberto Passos e o gerente de futebol Marcelo Chamusca aguardavam algum contato. O silêncio despertou toda sorte de suposições sobre o paradeiro do ex-camisa 11.
O celular de Roberto tocou por volta das 17 horas. Era Sérgio Coré, funcionário da empresa que presta assessoria esportiva a Nonato. Foi ele quem acabou com o mistério.
Coré afirmou que Nonato não foi treinar por estar em uma audiência judicial, tratando do seu divórcio. Minutos depois, o jogador telefonou para o supervisor, repetindo a versão. Curioso é que uma audiência desse tipo é marcada com antecedência pela Justiça.
Durante o Campeonato Brasileiro, Nonato protagonizou outros atos intempestivos, como abandonar um treino no Octávio Mangabeira e ser flagrado em um bar com algumas mulheres. Também não apareceu na concentração antes do jogo contra o Grêmio, em Porto Alegre. Um final melancólico para o artilheiro do Bahia nas três últimas temporadas.
A Tarde (Adaptado)
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