A saúde financeira do Tricolor de Aço está na UTI. E vai piorar com a perda de receitas em 2004, por conta do rebaixamento. Uma nova injeção financeira do Banco Opportunity, acionista-mor do Bahia S/A, é a alternativa mais plausível para apagar o incêndio.
Como o banco mostra pouca disposição em investir caso não haja mudança na presidência do clube, a tendência da saída de Marcelo Guimarães ganha força.
O Bahia tem uma série de problemas a resolver, começando pelos R$ 9 milhões que deve ao próprio Opportunity. O clube também deve três meses (setembro, outubro e novembro) de salários ao elenco e demais funcionários, “décimo-terceiro” e o mês de dezembro a vencer.
Atletas que já deixaram o Fazendão há muito tempo, como Mantena, Selmo Lima e Alan, ainda têm dinheiro a receber, relativo à rescisão contratual. Há ainda pendências financeiras e judiciais com jogadores a exemplo de Robson, Jean Carlos, Guto, Lino e Possato, além dos técnicos Lula Pereira e Evaristo de Macedo.
A perspectiva de menos grana em 2004 aumenta o drama tricolor. A queda para a Segundona diminuiu em 50% a cota mensal da TV Globo. Ao invés de R$ 680 mil, o Bahia receberá a metade. O problema é que o clube tomou um adiantamento de R$ 250 mil. Portanto, tem a receber apenas R$ 90 mil mensais durante o ano.
Na Série B, também fica complicada a tarefa de fechar um rentável patrocínio de camisas. Fora da Copa do Brasil, o clube também perde outra fonte de receita. Ademais, os atletas podem fazer o mesmo que o júnior Marquinhos, entrando na Justiça por conta do FGTS e, com isso, ganharem passe livre.
OUTROS PROBLEMAS
– Os aluguéis dos apartamentos onde moram os jogadores de fora, além do condomínio, não estão rigorosamente em dia.
– Há ainda despesas com impostos, fornecedores, água, luz, telefone e passagens áreas atrasadas.
– A venda de Daniel (1 milhão e 400 mil doláres), que poderá ajudar nos gastos, só vai acontecer em junho do ano que vem. Isso sem falar que Nonato era para ser negociado por uma quantia muito melhor.
– As rendas dos jogos do Campeonato Baiano e da Série B não devem ser suficientes, pois são partidas fracas, sem qualquer apelo.
– E, para complicar, o Esquadrão ainda irá precisar contratar cerca de 15 atletas em virtude da “limpa” que está promovendo no elenco rabaixado.
É OU NÃO UM CLUBE FALIDO?
A Tarde (Adaptado)
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