De férias, Virgílio afirma que clube é sua cachaça

Diretor técnico da CBF, o baiano Virgílio Elísio da Costa Neto chegou neste sábado a Salvador exibindo um troféu grafado nos jornais. Com quatro meses de antecedência mandou publicar a tabela do próximo Campeonato Brasileiro, que considera algo próprio dos bem organizados países europeus.

Até o início do Ano-Novo, ele dá um tempo no trabalho e visita parentes e amigos na capital e interior. Mas sabe que a exclusividade familiar está comprometida.

Seu nome aparece na cabeça da fila para assumir a diretoria de futebol do Bahia, cargo considerado essencial pra recuperar o clube mergulhado na mais profunda crise de sua existência. E o buxixo vai ser grande.

A caminho de casa, Virgílio disse que sequer foi consultado para agregar-se ao Tricolor. Mas perguntado se aceitaria o desafio, foi prudente: “É uma questão a se analisar. Estou na CBF onde recebo todo apoio para desempenhar um trabalho que tem dado resultados. Minha fase de arroubos infantis já passou”.

Elísio afirmou que o acúmulo de tarefas na CBF não lhe permite acompanhar com profundidade o futebol baiano. Os conhecimentos que tem sobre a situação do Bahia vêm de pessoas que lhe telefonam. “Mas qualquer que seja o clube, importante é trabalhar dentro de um planejamento estratégico. O mundo moderno é muito competitivo. Planejar, organizar, controlar a qualidade, são essenciais”.

O ex-conselheiro declarou que o Bahia precisa no momento é tranqüilidade. “Já caiu, não tem mais jeito. Agora é trabalhar para levantar o clube. O Bahia é minha cachaça, mas não posso dizer nada agora, mesmo porque não me fizeram (Banco Opportunity) nenhum contato oficial. Se isso acontecer vamos avaliar”.

O cargo de diretor de futebol do Esquadrão de Aço é indicação da instituição financeira. Seu representante, Jorge Goldenstein, confirmou que não havia sondado Virgílio Elísio. Porém não descartou essa possibilidade.

A Tarde (Adaptado)

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