Em toda a história, o maior clássico do Norte/Nordeste foi sinônimo de casa cheia, torcida animada, grandes emoções, enfim, uma grande festa. Porém a temporada de 2003 certamente ficou marcada como a mais decepcionante em termos de BA-Vis.
Três acontecimentos revoltantes tornaram o duelo um mero “joguete” nas mãos dos cartolas, que ajudaram a minimizar, pelo menos no ano passado, a mística que toma conta da cidade em semana de BA-Vi.
LAMBANÇA nº1
Os conflitos provocados pela não-realização do Campeonato do Nordeste fizeram com que o rubro-negro retaliasse o Estadual, colocando para jogar no primeiro clássico de 2003 uma equipe B, formada principalmente por juniores. Resultado: o torcedor não se empolgou com o Baianão nem com o duelo, que terminou sendo um enorme fracasso de renda.
Sobrou espaço na enorme Fonte Nova, já que o impressionante público pagante de 12.582 pessoas foi o menor registrado nas últimas décadas (em relação ao estádio). Sobrou para vendedores ambulantes e cambistas, que ficaram lamentando o prejuízo de em um BA-Vi sem filas nas bilheterias.
LAMBANÇA nº2
Infantil, o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães, resolveu aceitar a provocação lançada por Paulo Carneiro, do Vitória-BA, e ordenou que o técnico interino Gil Sergipano escalasse um time misto para disputar o clássico do Barradão.
“Eu duvido que eles tenham coragem de fazer o que fizemos e colocar os juniores para jogar com a gente”, desafiou Carneiro na quinta-feira, em entrevistas para a imprensa. Irritado com a soberba do rival, Guimarães retrucou no dia seguinte: Vamos provar a quem duvida que o Bahia tem tradição para vencê-los com qualquer time, em qualquer lugar”.
Realmente “o troco” aconteceu e a partida mais uma vez terminou esvaziada.
LAMBANÇA nº3
No BA-Vi em que Nonato ganhou um jantar na aposta feita com Nadson, o problema da vez foi a estapafúrdia atitude dos dirigentes em aumentar em 100% o preço dos ingressos. O reajuste, obviamente, também esvaziou o clássico, pois a torcida, revoltada, mobilizou-se e promoveu um verdadeiro boicote ao jogo.
A teimosia dos cartolas baianos fez com que o confronto tivesse apenas 22.898 pagantes. Eles impediram o que poderia ser uma grande festa e perderam a oportunidade de decretar o maior público do Brasileirão 2003. Quem ganhou com isso foram os barzinhos da cidade e outros lugares que transmitiram os 90 minutos via Pay-per-View, servindo como “refúgio” aos indignados.
E quem saiu perdendo, além dos torcedores, foi o Tricolor de Aço, que deixou de arrecadar uma renda, no mínimo, duas vezes maior à que ocorreu.
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