Mesmo sendo uma partida de semifinais, em pleno domingo à tarde e com o time embalado para a disputa do título, o Bahia solicitou para o jogo contra o Poções uma carga de somente 19.999 ingressos – mesma quantidade dos últimos confrontos do Tricolor na Fonte Nova.
A justificativa está nas contas do clube: o custo-benefício de uma carga superior pode ser prejudicial financeiramente. Tudo porque o Estatuto do Torcedor, aprovado ano passado, obriga os estádios com capacidade de mais de 20 mil pessoas a se adaptar a algumas questões de segurança, como a instalação de câmeras ou a presença de mais médicos e ambulâncias no local.
“Nosso histórico para esse tipo de partida vem mostrando uma média similar à carga que estamos colocando à disposição do torcedor. O aumento é uma questão para se pensar, visto a importância de um confronto de semifinais e ascensão do time. Contudo, como administrador, tenho que pensar no custo-benefício para o clube”, disse o superintendente Miguel Kertzman.
O Bahia terceirizou o serviço de monitoração eletrônica no Octávio Mangabeira e desde o fevereiro vem filmando a ação de torcedores nas arquibancadas e entradas do estádio. Contudo, por contrato, além do custo fixo mínimo por jogo, já que isto é medido segundo a capacidade da Fonte Nova (64 mil), e não quanto ao número de bilhetes colocados à venda, os gastos com as câmeras aumentam de acordo com a expectativa de público pagante.
De acordo com o Estatuto do Torcedor, a cada dez mil pessoas presentes no estádio, o clube deve disponibilizar uma ambulância e médico no local. Com os 19.999 bilhetes que coloca à venda, o Bahia atualmente não tira um tostão do bolso, já que existe um acordo de permuta com a clínica COT, onde o veículo presente na Fonte Nova tem grande destaque visual, ganhando status de publicidade estática. O custo de cada nova ambulância seria de aproximadamente R$ 1,5 mil e não seria possível uma nova troca de serviços.
Outro peso na balança, só que inferior aos dois primeiros, seria a confecção dos ingressos. A cada bilhete produzido, o Tricolor gasta R$ 0,53, ou seja, aproximadamente 5% do valor das entradas de arquibancada (10% para as meia-entradas).
O dirigente explicou que apesar de ter solicitado a carga com antecedência à FBF, o Bahia tem até a tarde de hoje para fazer alterações sobre o número de ingressos a serem confeccionados. Contudo, a tendência é de que não haja mudanças em relação às primeiras intenções do clube.
Correio da Bahia (Adaptado)
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