Um grupo de atletas do Bahia anda meio esquecido por torcedores e imprensa. Raramente aparecem no noticiário ou têm seus nomes gritados no estádio. Curioso é que, até bem pouco tempo, eram titulares. Figuras como Luís Alberto, Elias, Paulinho e Glauciano, todos revelados nas divisões de base do clube, estão em segundo plano no Fazendão. Alguns sequer têm figurado no banco de reservas nas últimas partidas.
O volante Glauciano iniciou a temporada como titular. Seu inferno astral começou no jogo contra o Camaçari, na Fonte Nova. Machucou-se nos primeiros minutos e não mais retornou. Pra piorar sua situação, a posição na qual joga é uma das mais disputadas do time.
Elias é outro que está em baixa cotação. Antes bastante elogiado por Vadão, perdeu espaço para Ernane, novo queridinho do treinador. Canhoto habilidoso, o meia viveu seu auge após o triunfo no primeiro BA-Vi do ano. Foi dele o passe de calcanhar para o gol de Paulinho.
Este último também passa por maus lençóis. É difícil encontrar o jovem lateral-direito sorrindo, o que era comum alguns meses atrás. Após o gol marcado contra o Vitória-BA, ganhou as manchetes e virou peça-chave do time. Hoje, amarga a reserva.
A situação começou a pegar para Paulinho após a contratação de Neném. O experiente lateral assumiu a posição no meio do estadual e não mais largou. Não quero criar conflito, mas claro que gostaria de estar jogando. Nenhum jogador fica satisfeito em ficar na reserva. Comigo não é diferente.
PROPOSTA Drama igual passa o meia Luís Alberto. No Campeonato Brasileiro do ano passado se firmou no time, marcou gols importantes e ganhou o respeito da torcida. Machucou-se durante a competição e só retomou a titularidade nas derradeiras rodadas, quando o rebaixamento para a segunda divisão já era inevitável.
Recuperado, iniciou a temporada com posição certa no time. Mas voltou a ser perseguido pelas contusões. Quando saiu do estaleiro, o espaço estava preenchido por outros colegas. O resultado é que Luís Alberto não ficou nem no banco nos últimos três jogos.
Insatisfeito, o meia conversou com Vadão e integrantes da direção do Bahia. Fez ver a eles que tinha uma proposta para atuar no Paysandu e mostrou interesse em se transferir, caso não estivesse nos planos para este ano. Mas eles me garantiram que contavam comigo e resolvi recusar o convite. Vou me esforçar para recuperar o lugar no time. Tenho contrato até 2008 e pretendo cumprí-lo, pondera.
A Tarde (Adaptado)
Clique aqui para saber tudo sobre o Campeonato Brasileiro 2004
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.