O último jogo entre Bahia e Ceará aconteceu há mais de dois anos e seu resultado quebrou um tabu de quase 3 meses que o Tricolor tinha sem perder. No dia 2 de fevereiro de 2002, pela rodada classificatória do Campeonato do Nordeste (torneio em que mais tarde terminaríamos sendo campeões), o Vozão aproveitou o mando de campo – o apertado Presidente Vargas – e venceu por 2 a 1.
O adversário estava vivendo um momento de crise e tinha três alterações, mas o Esquadrão não conseguiu tirar proveito da situação e acabou amargando a sua primeira derrota no certame. Perder para o alvinegro deixou o técnico Bobô chateado com algumas falhas da equipe.
A partida foi tecnicamente fraca, principalmente na etapa inicial, quando os times mostraram muitas falhas. O Ceará começou explorando as jogadas nas costas de Capixaba, que estava improvisado como lateral-esquerdo. O atleta não comprometeu e quando passou para o meio, cedendo a posição a Kena, continuou mostrando um bom futebol, até ser substituído por Léo Calegari.
O primeiro gol surgiu numa bonita jogada de Iarley (hoje no Boca Juniors-ARG) pela direita, com o atacante cruzando na área e Emerson defendendo parcialmente. Mas a bola sobrou na cabeça de Alisson, que só precisou empurrar para o gol vazio, aos 17 minutos.
Tempos depois, Nonato perdeu uma chance de ouro, ao cabecear para fora, num cruzamento de Sérgio Alves. O empate tricolor surgiu numa boa jogada, com Preto cabeceando e o mesmo Sérgio Alves ajeitando para aquele acertar um chute rasteiro de fora da área.
Para o segundo tempo, o treinador fez logo duas mudanças que deram uma movimentação maior à equipe. Kena substituiu Ramos e Robgol entrou no lugar de Nonato. Os dois conseguiram levar perigo ao gol cearense, dando a falsa impressão de que o Bahia conseguiria um resultado melhor.
Mas as chances foram perdidas em seqüência, começando numa cabeçada perigosa de Jean Elias e depois num rápido contra-ataque puxado por Robson, que Sérgio Alves chutou e, no rebote do goleiro, o mesmo Robgol perdeu um gol feito. Sérgio ainda obrigou Ricardo a uma linda defesa, num chute de fora da área.
A partida estava caminhando para o final quando o Ceará puxou um bom lance nas costas do lateral Daniel, com o perigoso Iarley. A bola sobrou fora da área para o capitão França, que não recebeu nenhuma marcação e chutou forte, no ângulo do goleiro Emerson, que ainda tocou na bola, porém não conseguiu evitar o tento do Vovô.
Faltando poucos minutos para o término dos 90 minutos, os jogadores do Bahia não tiveram condições de reverter a situação e por pouco Preto e Daniel não receberam o cartão vermelho.
FICHA TÉCNICA
Ceará – Ricardo; Toni, Alan, Nunes e Terci; Jajá, Wendel (Sidnei), França e Alisson (Valdir Papel); Iarley e Zezinho (Mota). Técnico – José Dutra.
Bahia – Emerson; Daniel, Jean Elias, Valdomiro e Capixaba (Léo Calegari); Ramalho, Bebeto Campos, Ramos (Kena) e Preto; Sérgio Alves e Nonato (Robson). Técnico – Bobô.
Público – 9.563
Renda – R$ 81.218.
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