Pressionado, clube escreve sobre a venda de Daniel

Depois de ter feito um texto defendendo o presidente Marcelo Guimarães, no último dia 20 de maio, agora a assessoria de comunicação do Bahia publicou um intitulado “A verdade sobre Daniel”, em que a diretoria se posiciona sobre a polêmica criada a respeito da transferência do lateral ao Seviha. Confira:

“O jogador Daniel Alves, oriundo nas Divisões de Base do Esporte Clube Bahia, teve seus direitos federativos repassados ao Sevilla F.C., da Espanha, numa operação que envolveu US$ 1,9 milhão.

É inegável que Daniel Alves hoje está mais valorizado, conseqüência de sua reconhecida competência futebolística e da maior visibilidade do futebol europeu. Contudo, não se pode precisar o valor de seus direitos federativos atualmente.

Ademais, é absolutamente natural no mundo do futebol a valorização de atletas após sua saída do clube formador. Vide exemplo do meia Julio Baptista, hoje companheiro de Daniel Alves no Sevilla. O jogador foi negociado pelo São Paulo F.C., em 2003, por US$ 2,8 milhões.

Atualmente, após marcar 20 gols no Campeonato Espanhol e de algumas boas participações na Seleção Brasileira, os direitos federativos de Júlio Baptista, inegavelmente, valem muito mais. Há de se culpar o presidente do São Paulo por ter negociado o atleta? Caso Baptista não tivesse se transferido para o futebol europeu, teria a valorização alcançada hoje?

Daniel chegou ao Bahia em 2000, como reforço para a equipe júnior, após ter o passe adquirido junto ao Juazeiro Social Clube, por R$ 10 mil. Depois de disputar apenas 37 partidas como profissional do clube, o jogador transferiu-se para o Sevilla numa operação de US$ 1,9 milhão. Isso significa uma valorização de aproximadamente 59.560%.

O jogador teve seus direitos negociados num patamar condizente com a realidade do mercado futebolístico à época da transação. Ao contrário do que pensam alguns, é inquestionável que a negociação do atleta foi vantajosa financeiramente para o Bahia.”