O Bahia demorou quase 80 minutos para acalmar os cerca de 50 mil pagantes e conseguir se vingar literalmente do Avaí, que na Primeira Fase nos derrotou pela contagem mínima, em Florianópolis. Assim, mesmo no sufoco e sem apresentar o futebol esperado, fez sua parte ao bater o Leão catarinense na noite desta terça-feira, na Fonte Nova, por 1 a 0.
Resultado: isolou-se na liderança de seu grupo no quadrangular semifinal da Série B, com seis pontos, e ainda foi beneficiado pelo empate entre Náutico e Marília, donos de apenas um ponto. Está livre na dianteira, portanto.
Em verdade, o time só precisou atuar bem nos últimos 15 minutos para realizar a lição de casa. Presenciando uma partida insossa, o excelente público teve como recompensa uma dádiva divina de um atleta que saiu do banco para salvar o time. Sorte de vencedor ou não, o certo é que quando as coisas não iam bem dentro de campo, quem brilhou foi a famosa estrela tricolor, com um gol daqueles “chorados”.
A péssima etapa inicial e seu placar inalterado foram reflexo de como as duas equipes se dispuseram em campo. Os catarinenses vieram a Salvador com o claro propósito de buscar o empate, com três zagueiros, três volantes e apenas um atacante, explorando os contra-ataques e marcando individualmente Robert e Neto Potiguar.
Já o Bahia, sem encontrar espaços, possuía muito mais transpiração do que inspiração. E apesar de ter o volume do jogo, viu o adversário desperdiçar as duas melhores chances de abrir o marcador, chegando ao gol de Márcio em duas falhas clamorosas da zaga.
Sem mudanças no intervalo, o Esquadrão voltou para o segundo tempo com a mesma postura. Mas se antes criava jogadas ao menos na base da vontade, não conseguiu mais transformar seu suor em oportunidades. O tempo passava e as trocas de Bruno e Renna por Cícero e Selmir não causaram o efeito necessário. Pressionados pela torcida, os jogadores não tinham paciência para tocar a bola e passaram a errar ainda mais.
A agonia só terminou a dez minutos do fim. Quando não se tinha praticamente mais esperanças, Bebeto – que havia acabado de substituir o volante Henrique – entrou com bola e tudo. Após um bom lance pela esquerda de Bruno, Renna invadiu a área e chutou cruzado, o goleiro Adinam bateu roupa e, no rebote, depois de acertar o travessão, o centroavante, quase ajoelhado, terminou assinalando seu primeiro gol com a camisa do clube.
A partir daí, o Tricolor se estabilizou e, até o encerramento, Robert assustou aos 44 e 46: aproveitando assistência de Paulinho, de calcanhar, e também de Neto Potiguar, em jogada de linha de fundo. E domingo todos os caminhos levam o torcedor de volta ao Octávio Mangabeira: Bahia x Náutico, lembrando que um triunfo deixará o time com a classificação às finais na mão.
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