O Bahia segue imbatível na Segunda Fase da Série B. Neste domingo, atuando numa Fonte Nova lotada por 62 mil pessoas, o Tricolor sofreu, mas com um golaço do meia Rodriguinho, venceu o Náutico por 1 a 0, mesmo placar que havia batido seus últimos dois adversários.
O resultado nos deixou a um passo do quadrangular final da competição: com nove pontos, a equipe lidera o Grupo B e está oito à frente dos terceiros colocados.
O Timbu jogou o primeiro tempo como se estivesse em casa. Mal colocado na tabela e precisando desesperadamente de um bom resultado, os pernambucanos foram para cima, pressionaram e só não abiram o placar graças a uma tarde inspirada de Márcio. A competência que faltou aos atacantes alvirrubros sobrou ao jovem goleiro do Esquadrão.
Apesar de o técnico Vadão ter trabalhado insistentemente lances de saída de bola nos treinos da semana, o time não conseguiu reproduzir as jogadas ensaiadas em campo. Lento, pouco vibrante e desorganizado quando tinha a bola nos pés, o Bahia não fez valer suas principais armas na Segundona: o contra-ataque e a forte marcação no meio-campo.
Os últimos minutos da etapa inicial foram os piores. O Náutico chegou aos 39 com Gil Baiano, aos 40 com Jorge Henrique e aos 43, com Kuki (na trave). A torcida estava quieta nas arquibancadas, até que nos acréscimos o juiz marcou uma falta perto da área timbu. Robert pediu para a galera incentivar e o retorno veio na mesma hora. Na sobra, o zagueiro Reginaldo perdeu a melhor chance tricolor.
No intervalo, o técnico Vadão resolveu usar o banco de reservas – aí o Bahia voltou a ser Bahia. Ele trocou o alto e pouco móvel centrovante Selmir pelo arisco e baixinho Renna. Na lateral-esquerda, o remédio foi o mesmo: Cícero, volante que vinha quebrando um galho pela ala, deu lugar ao veloz e voluntarioso Bruno.
O que se viu no gramado foi uma equipe bem mais vibrante. O Esquadrão de Aço passou a encaixar os contra-ataques, preocupando a defesa pernambucana e fazendo o arqueiro Nilson aparecer na partida. O adversário, no entanto, não se intimidou. Seguiu a mesma estratégia, mas já sem o mesmo sucesso. As chances aconteceram, porém novamente Márcio interviu com perfeição nos momentos decisivos.
O gol do triunfo tricolor aconteceu aos 16 minutos, numa boa jogada de Renna. Ele pegou a bola na direita e foi driblando até o meio da área. Com um leve passe, acionou Rodriguinho, na marca do pênalti, que deu um inesperado toque de calcanhar e girou, tirando toda zaga de uma só vez. O camisa 8 teve ainda categoria para driblar o goleiro e, de canhota, chutar sem ângulo para explodir o estádio. Tinha de ser ele.
Ao som de um Octávio Mangabeira ensurdecedor, o time seguiu aproveitando os espaços e lançando mão de contra-golpes, já com Ari na vaga de Robert. Teve chances de ampliar o marcador, mas Nilson, assim como Márcio, também estava numa grande jornada e impediu uma festa ainda maior nas arquibancadas. Domingo que vem tem mais Bahia x Náutico, agora no Recife.
Correio da Bahia (Adaptado)
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