Neste sábado, diante de quase 30 mil pessoas, o Bahia – já classificado – fez o dever de casa, goleou o Marília por 4 a 1 e terminou a sua participação na liderança do quadrangular semifinal (Grupo B) da Segundona. Na próxima fase, quando terá o direito de fazer o último duelo em casa, vai encarar os seguintes adversários: Avaí, Fortaleza e Brasiliense.
A estréia tricolor será na Boca do Jacaré, no Distrito Federal, contra o clube do ex-senador Luiz Estevão. A fase final acontece em partidas de ida e volta e os dois primeiros estarão garantidos na Série A do Campeonato Brasileiro em 2005.
Uma bonita homenagem ao zagueiro Serginho foi feita antes de a bola rolar. No círculo central, atletas de ambas equipes e o trio de arbitragem se abraçaram. Os torcedores presentes à Fonte Nova ecoaram o nome do jogador do São Caetano, que faleceu em plena atividade, no campo do Morumbi, quarta-feira passada, depois de uma parada cardiáca.
Talvez sentido a ausência de quatro titulares (Bruno e Rodriguinho, suspensos; e Leonardo e Robert, poupados), o Tricolor não realizou uma boa etapa inicial. O time possuía maior volume de jogo, mas não conseguia criar chances reais de gol. Mesmo assim, era pouco ameaçado pelo MAC. O duelo seguia insosso.
Aos 25 minutos, porém, numa falha do miolo de zaga paulista, Selmir acabou com um jejum de várias rodadas e abriu o placar. Igor cobrou falta pela direita, Reginaldo subiu, a bola resvalou em Romildo e sobrou limpa para o atacante, da pequena área, mandar para as redes. Só que a alegria nas arquibancadas logo terminou, com o confronto voltando a sua sonolência reinante.
Os visitantes voltaram melhor do intervalo, buscando o empate, mas foi o Bahia quem teve a primeira oportunidade, com um chute de longe de Elivélton, aos 3 minutos. Em seguida, uma jogada que levantou o estádio. Ari – quem diria – recebeu na esquerda, avançou pelo meio, driblou três e finalizou fraco (de bico), rasteiro, da entrada da área. O goleiro Marcelo Cruz falhou feio ao tentar segurar a bola e ela foi parar no fundo da meta.
Descompromissado, o Marília partiu para frente e diminuiu aos 14, quando, depois de um cruzamento da esquerda, a defesa vacilou e Xuxa, de cabeça, escorou. Com o Bahia mal, a equipe celeste continou pressionando e assustou em suas ocasiões: com Maurílio, num chute forte, de bate-pronto, defendido espetacularmente por Márcio; e com Diego, após falha de Ari no meio-campo. De cara com a baliza, o centroavante atrasou a bola para o arqueiro tricolor.
O técnico Vadão, percebendo que o pior estava por vir, fez três mudanças: Cícero, Luís Alberto e Renna nos lugares de Elivelton, Igor e Neto Potiguar (que saiu vaiado). Deu certo. Aos 27, pênalti de Romildo em Selmir, não assinalado por Wagner Tardelli. Neste momento, o Náutico fazia 2 a 1 no Avaí para felicidade da torcida, pois, na combinação de resultados, o Esquadrão estava se garantindo como o campeão da chave.
Mas ainda deu tempo para dois tentos nos últimos minutos. Aos 42, Renna penetrou pela direita, bateu cruzado e Selmir, quase em cima da linha, completou. A goleada veio nos acréscimos, justamente no mais belo lance da tarde. Renna deixou de calcanhar para Cícero, que foi até a linha de fundo e, da esquerda, tocou na medida para Henrique fechar o caixão maqueano.
Festa na Fonte e mais um passo dado rumo à elite do futebol nacional.
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