A matéria abaixo se encontra na edição desta segunda-feira, dia 13 de dezembro, do jornal Correio da Bahia, confira:
“Em uma entrevista de quase uma hora, o técnico Oswaldo Alvarez e o diretor de futebol Walter Telles concordaram em comentar os erros e acertos do Bahia em 2004, levantados pela reportagem. No bate-papo, como era de se esperar, os pontos positivos ganharam complementos e elogios, assim como os momentos de equívoco foram recheados de muitas justificativas.
Afirmaram que o ambiente criado no Fazendão foi fator fundamental para a boa temporada da equipe. “Confesso, a nossa derrota no sábado foi um dos momentos mais tristes de minha carreira, porque o que fizemos aqui esse ano e o respeito e o carinho que ganhamos de todos, eu nunca vi dentro do futebol. Não falo só dos jogadores, mas de todos, dos funcionários à diretoria. Aqui no Bahia ninguém rema contra a maré, tanto que 5% das nossas premiações vão para os funcionários. O maior peso para essa tristeza é a decepção da torcida, que foi fantástica e não merece ver o time na Série B”, disse Vadão.
Já Telles fez questão de ressaltar a mudança de imagem do clube fora do Estado: “Não só aqui, junto com os jogadores, a gente ganhou respeito, mas hoje muitos atletas, se tiverem que escolher entre um clube de primeira divisão e o Bahia, vão terminar vindo para Salvador. Pagar em dia, dar estrutura, segurança e bom ambiente não é para qualquer um. Nosso conceito está renovado, com certeza”.
O treinador finalizou os comentários dos acertos mencionado a maneira democrática de conduzir o trabalho. “Aqui ouvimos todos. Deixamos de trazer alguns jogadores porque a diretoria não quis, assim como tiveram atletas que eles quiseram trazer, e a gente não concordou. Não houve briga para isso, e sim respeito pelo consenso. Já dentro de campo, hoje eu tenho que agradecer a muita gente. A todos os atletas que acreditaram no projeto e no valor da amizade pessoal para aceitar o desafio de jogar no Bahia, como o Robert, o Elivélton, o Reginaldo e outros. Mas faço uma ressalva especial ao Emerson. Um jogador do status dele, respeitou a condição do Márcio e por diversas vezes me deu conselhos importantes para que eu aprendesse a conviver com as pessoas aqui no Bahia. Se tinha algo errado e eu estava irritado, ele virava e dizia `Não esquenta Vadão. Isso é normal e não vai nos prejudicar´. Não vou esquecer nunca da atitude dele”.
A dupla justificou todos os equívocos apontados pela reportagem, mas reconheceram as falhas. “Não adianta a gente contar para você todos os jogadores que estiveram com um pé no Bahia, grandes goleadores como o Tuta, Fabrício Carvalho, Cláudio Pitbull e até o Washington, se a gente no final, por algum motivo, acabou sem trazê-los. Faltou mais competência em alguns momentos sim”, comentou Vadão.
A falta de variação tática do time foi também discutida. “Priorizei que tivéssemos duas formas de jogar. Acho que deu mais certo do que errado, porque conseguimos um equilíbrio entre ataque e defesa e, de uma maneira geral, fizemos uma boa campanha de 2004. A equipe pode ainda evoluir muito nesse quesito, mas fiquei satisfeito com o que foi feito este ano”, disse.
Walter Telles falou sobre o excesso de prudência e da falta de planejamento para 2005. “Acho sim que poderíamos ter arriscado mais, mas se você observar, se vencêssemos o Brasiliense, teríamos a melhor campanha da Série B, de modo que, mesmo sem recursos, montamos não apenas um time competitivo, mas uma das duas melhores equipes da competição. Sobre o planejamento para 2005, infelizmente nosso orçamento fica bastante volátil e dependente da nossa subida ou não para a elite. Seria um equívoco colocarmos a carroça em frente aos bois. A montagem do time dependia essencialmente da segurança de termos ou não essa receita em nosso orçamento”, finalizou.”
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