Ao final da coletiva de ontem, o presidente Marcelo Guimarães se pronunciou a respeito de sua permanência no Bahia. “Não estou pensando nisso. Vou continuar à frente do Tricolor até 22 de julho, mas alguns advogados afirmam que o meu mandato vai até o fim de dezembro de 2005. Até lá estarei trabalhando para tentar voltar à elite do futebol brasileiro”, afirmou. A polêmica seria por conta de uma suposta confusão no Estatuto do clube.
Ele, porém, não respondeu à pergunta sobre se o Esquadrão de Aço seguirá o exemplo de outras grandes equipes do país e irá se adequar ao novo Código Civil, promovendo as tão sonhadas eleições diretas para o próximo pleito. Sua preocupação é fazer um sucessor para o cargo, pois “ninguém pode ser eterno”.
“O Bahia é que é um problema para mim, mesmo porque sou muito lutador, muito desprendido. Tenho uma missão a cumprir e quando entender que chegou a hora de sair, que minha etapa acabou, vamos nos reunir com os grandes conselheiros e escolher um substituto”, disse.
E acrescentou, sem falsa modéstia: “Hoje eu seria eleito praticamente por unanimidade no Conselho. Os 300 conselheiros conhecem meu trabalho, sabem que fiz muito pelo Bahia. Quando eu assumi, há sete anos, não existia nada, nem Fazendão, nem time de profissionais, nem divisão de base”.
Ainda sob forte impacto pela decepção de sábado, declarou que tem a consciência do dever cumprido: “Não faltou nada para a equipe, o trabalho foi feito, mas infelizmente o desfecho foi negativo. Porém não sou homem de se deixar abater. Senti a perda do título, mas já superei e vamos à luta, recomeçar tudo de novo”.
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