Numa Fonte Nova com arquibancadas vazias e molhadas, o Bahia conseguiu mais um triunfo pelo Estadual, porém novamente no sacrifício. Nesta noite de domingo, não obstante a fragilidade de um Atlético de Alagoinhas em crise, o Tricolor precisou contar com a ajuda do goleiro adversário, já nos minutos finais, para obter um magro 1 a 0, que deixou a torcida temerosa pelo futuro azul, vermelho e branco.
Foi também a estréia de Viola, único a proporcionar aplausos em alguns momentos da partida, mostrando lucidez em campo. Falta, entretanto, que a bola chegue “redonda”; alguém que desempenhe o papel de Robert – em sua melhor fase – no ano passado.
Só que mesmo deixando a desejar, o Esquadrão de Aço vai se garantindo no deficitário Baianão. Permanece líder isolado do Grupo 2, agora com dez pontos, quatro a mais que o Camaçari, segundo colocado. Tudo indica que a vaga virá de forma antecipada.
Os vários desfalques, de qualquer maneira, contribuíram para o péssimo futebol praticado. Com o veto de última hora do beque Fernandão, o técnico Hélio dos Anjos resolveu recuar o frente-de-zaga Neto e escalar Cícero no meio, colocando Fernando Miguel (um dos poucos que se salvaram) como primeiro volante. E apesar de ter aprovado nos coletivos da semana, a tática com dois armadores não deu resultado. Aliás, tanto Ernane quanto Guaru terminaram substituídos no segundo tempo. Entraram Neto Potiguar e Elias.
A escassez de lances de perigo frustrou o duelo. O Carcará até mandou uma falta na trave de Márcio, mas sua limitação ofensiva lhe impediu de transformar um certo domínio territorial em oportunidades. Já o Bahia, insosso, não tinha laterais (Bruno foi bastante vaiado), criação, e tentava quase sempre em vão investir em bolas alçadas. Viola chegou a deixar Dill livre na área, em excelente cruzamento, porém o baixinho cabeceou mal e desperdiçou o ataque.
Um justo 0 a 0 ia se concretizando, quando o camisa 1 atleticano tratou de auxiliar o Tricolor. O placar em branco apenas não aconteceu porque Marco Aurélio aceitou um chute despretensioso do atacante Dill, após passe de Paulinho, pela direita, aos 33 minutos da etapa complementar. Ele falhou feio e acabou traído pelo gramado de chuva e pelo famoso “montinho artilheiro”.
Se o time continuar assim, tem tudo para amargar dois grandes tropeços nos próximos dias: na quarta-feira, volta ao estádio e encara o Grêmio, pela Copa do Brasil; em seguida, pega o rival no Barradão, onde não sabe o que é vencer há quase sete temporadas. E a Série B vem se aproximando.
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