Chefes de facções com poder decisivo no Fazendão

A demissão do técnico Hélio dos Anjos, confirmada ontem pelo presidente Marcelo Guimarães, foi decidida desde a semana passada, muito antes do clássico de domingo contra o Vitória. O dirigente só não tomou a decisão logo para não provocar uma crise antes da partida decisiva no Barradão.

Segundo Marcelo Guimarães, a permanência do treinador ficou insustentável após aquele empate no Ba-Vi da Fonte Nova, quando ele fez uma mudança errada, tirando Viola para colocar um frente de zaga, no momento em que o rival estava com dez homens. “Isso foi fatal. O Vitória cresceu chegou ao empate e a torcida ficou revoltada”.

Marcelo disse que recebeu uma comissão de chefes de torcidas organizadas e, conforme o a reportagem adiantou desde terça-feira passada, a saída de Hélio dos Anjos foi decidida neste encontro. Conselheiros e torcedores queriam a mudança do técnico e não tinha mais ambiente para ele continuar.

O presidente disse que os chefes das torcidas organizadas do tricolor não queriam a sua permanência já há algum tempo. Marcelo Guimarães foi quem segurou enquanto pôde Hélio no cargo até os jogos finais do Baianão. O dirigente lembrou que o treinador tinha um alto grau de incompatibilidade com a torcida do Bahia.

Marcelo disse que desde a semana passada comunicou a decisão ao diretor de futebol Bobô, que já sabia da saída de Hélio, antes do jogo decisivo de domingo, no Barradão. Ele foi avisado pelo presidente que o treinador sairia, independetemente do resultado da partida final do Campeonato Baiano.

Marcelo Guimarães negou que tenha mantido contato com qualquer outro técnico, antes de comunicar a Hélio a sua dispensa, na noite de domingo, logo após o encerramento da partida em que o Bahia empatou com o Vitória por 0x0. “Na estréia do time na Série B do Brasileiro, o time será dirigido por Carlos Amadeu, mas já estamos fazendo contatos para trazer um treinador de renome que possa colocar o Bahia na série A, no próximo ano”.

Correio da Bahia