Conflito entre Viola e o novo treinador em cheque

A notícia da contratação de Zetti para assumir o Bahia foi bem recebida por quase todo o elenco tricolor. Fernandão, que trabalhou com ele no Fortaleza, ressaltou o companheirismo do técnico. O goleiro Márcio disse que o novo treinador foi seu ídolo de infância. Com o atacante Viola, entretanto, a cotação do ex-arqueiro do São Paulo não é das melhores.

Ambos se conhecem desde a campanha do tetracampeonato mundial da Seleção Brasileira, nos EUA, quando eram reservas. Mas o desentendimento da dupla é recente: data do Brasileirão do ano passado, ocasião em que conviveram juntos no Guarani, que acabaria rebaixado para a Segunda Divisão.

O relacionamento entre Zetti e Viola ficou estremecido a partir do clássico com a Ponte Preta, no dia 10 de julho. O comandante escalou Valdir Papel, autor do único gol do Bugre, e deixou o camisa 9 no banco. Quando o Guarani perdia por 3 a 1, já no final do segundo tempo, Viola foi chamado para entrar em campo no lugar de Careca. Foi a gota d´água.

Em entrevista à Revista Placar, há dois meses, ele não escondeu seu ressentimento. Porém em vez de criticar publicamente a postura do técnico, preferiu “vingar-se” com um show de raça e disposição nos pouco mais de cinco minutos em que esteve no gramado. A estratégia, revelou, era mostrar a torcida, imprensa e ao próprio treinador, que ele merecia ser titular.

“Eu nunca tive problemas com grandes técnicos, como o Parreira (da Seleção Brasileira)”, alfinetou Viola, nesta terça-feira, sem, no entanto, admitir a situação. “O que aconteceu são coisas totalmente superadas da minha parte. Se ainda há alguma coisa, é da parte dele para comigo”, desconversou.

A Tarde On Line (Adaptado)