O grupo Bahia Livre, que faz oposição à administração Marcelo Guimarães, divulgou esta semana, no site da entidade (bahialivre.com.br), o balanço de 2004 da Ligafutebol S/A, empresa do grupo Opportunity que gere os investimentos do Bahia S/A. Os dados apontam uma melhora com relação à situação de 2003, mas mostram também que o tricolor segue afundado em dívidas e com poucas perspectivas de saldá-las em curto prazo.
A melhora em 2004 não significou, entretanto, que o Bahia terminasse o ano no lucro. O ônus do clube caiu de R$10,65 milhões em 2003, para R$689 mil de prejuízo do exercício no ano passado. Assim, a dívida líquida da empresa que era de R$28,87 milhões, passou a ser de R$29,559 milhões (isso sem contar os R$18 milhões investidos pelo banco desde o início da parceira, o que também poderia ser computado como dívida).
Segundo os dados divulgados no site, a melhora em 2004 foi baseada em três pontos fundamentais: os cortes no orçamento; a boa campanha na segunda divisão (receita de bilheteria de R$5,098 milhões, contra R$2,783 milhões de 2003); negociação de R$7.731 milhões em jogadores (contra R$1,075 milhão em 2003). Assim, o Bahia gastou aproximadamente R$4,5 milhões a menos que na temporada anterior (foram R$18,309 milhões em 2003, contra R$13,863 milhões em 2004).
A queda para a Série B prejudicou sensivelmente a receita vinda da televisão, com este quesito, pela primeira vez desde 1998, não ocupando o primeiro lugar em proventos, que ficou com a “negociação de atletas”. Foram R$6,18 milhões, contra R$8,315 da temporada anterior. O patrocínio de uniformes alcançou marca superior a 2003, com R$583 mil (contra R$150 mil).
Para 2005, as perspectivas são incertas. Tudo depende de uma política de redução de despesas, uma boa campanha no início da Série B para que a torcida compareça em bom número com no ano passado e a negociação de jogadores, como aconteceu com Nonato, Danilo e Daniel em 2004.
O tricolor tem hoje cinco profissionais emprestados a equipes de fora do país. De acordo com informações da assessoria de imprensa, espera-se que o retorno técnico e financeiro venha a curto prazo. Três dos cinco jogadores estão na Ásia (Ari e Jorginho no Japão e Nonato na Coréia). Além deles, Marcelo Nicácio está na Grécia e o atacante Róbson joga no Altas, do México. Além deste, Neto Potiguar está no São Caetano.
Divisão de base – No que se refere aos gastos com alojamento, transporte, vestuário e comissão técnica para as divisões de base do tricolor, os investimentos aumentaram significativamente, ultrapassando o patamar histórico do clube.
No fim de 2004, o Bahia tinha 142 atletas inscritos nas suas categorias inferiores. O grupo infantil contava com 55 atletas e o juvenil com 24. Os garotos do pré-mirim eram 34 e 29 atletas eram do júnior. O investimento chegou à marca de R$1.864 mil até o dia 31 de dezembro.
Correio da Bahia
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.