Numa decisão unânime dos auditores do STJD, o atacante Viola foi absolvido das acusações de ofensas morais contra o presidente do Guarani, José Luiz Lourencetti, em entrevista à Revista Placar do último mês de março. O julgamento aconteceu na tarde desta sexta-feira, no Rio de Janeiro.
A maior imoralidade é ficar um ano sem cumprir os compromissos com o atleta e passar cheques sem fundo, como fez o Guarani e foi amplamente divulgado pela imprensa nacional, disse o auditor José Alberto.
O depoimento de Viola foi decisivo para o veredicto final. O jogador relatou os maus tratos e humilhações sofridos no Bugre. Fiquei quase um ano sem receber, fui impedido de trabalhar, mesmo assim jamais deixei de comparecer sequer um dia ao trabalho e nunca faltei com respeito aos dirigentes.
Incluso no artigo 188 do CBJD, Viola poderia pegar até um ano de suspensão e anunciou, antes do julgamento que, caso isso ocorresse, abandonaria os gramados. Ao falar do possível fim da carreira no caso de pegar a pena máxima, o jogador chorou e sensibilizou os auditores.
O futebol é a única coisa que sei fazer. Tenho a consciência limpa de que sempre lutei para dignificar a minha profissão, ser uma pessoa honesta e digna. Só queria que os senhores levassem isso em consideração, disse Viola, antes de ouvir a decisão.
Os auditores rejeitaram as acusações do Guarani porque não há prova material (uma fita gravada da reportagem) das declarações de Viola à revista Placar. Além do depoimento e da própria presença do atleta no Tribunal, pesaram ainda o histórico de Viola no futebol brasileiro e o fato de jamais ter ido a julgamento, até então, em 17 anos de vida profissional no esporte.
O Viola sempre foi polêmico, porém, jamais faltou com o respeito com quem quer que seja no ambiente do futebol. Nós que acompanhamos o esporte somos testemunhas disso. É um jogador com amplos serviços prestados ao nosso desporto, tetracampeão do mundo com a nossa Seleção. Só tenho a lamentar que, um atleta desde nível, além de sofrer o que sofreu no Guarani, ainda tenha que passar pelo constrangimento de ter que responder a um processo injustificável, sendo que foi ele a maior vítima na conturbada passagem pelo clube paulista, disse, em suas considerações finais, o presidente da sessão, Marcus Henrique Pinto.
Viola foi defendido pelo advogado especialista em direito esportivo, Gustavo de Oliveira. Estiverem ainda presentes ao julgamento o advogado particular do jogador, William Vagner, e o assessor de imprensa do Bahia, Darino Sena, que representou o Tricolor.
Assessoria de Comunicação do Esporte Clube Bahia S/A
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