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Oscar Paris comenta sucessão do Bahia em coluna

Notícia
Historico
Publicada em 23 de julho de 2005 às 04:19 por Da Redação

Confira abaixo o último texto publicado pelo jornalista Oscar Paris na coluna “Gol de Placa”, inserida na edição desta sexta-feira de A Tarde:

“VIVENDO E APRENDENDO

Hoje seria dia de eleição no Esporte Clube Bahia. Até o fechamento desta crônica apenas o jornalista Nestor Mendes Jr. havia oficializado a sua candidatura. O nome da situação, ao que parece, estava guardado a sete chaves, como um autêntico elemento surpresa.

Foi uma tática diferente, onde o candidato, ao invés de mostrar a cara, apresentar propostas e pedir votos, simplesmente permanece no anonimato até o último minuto. A menos que seja um jogo de cartas marcadas é uma estratégia, no mínimo, inusitada.

Ao torcedor restam a dúvida, a curiosidade e, claro, momentos de muita apreensão. Participar de uma decisão que vai determinar o futuro do clube, nem pensar. No caso do Bahia, os torcedores são intimados somente para lotar a Fonte Nova, incentivar o time e quebrar recordes de público e renda. A influência do aclamado camisa 12 termina aí.

Outra possibilidade, embora remota, era a atual direção simplesmente entregar a coroa e assistir de camarote ao fim de uma tragédia iniciada por ela própria. Esta hipótese colocaria Nestor na presidência do clube, com todas as chances de o jornalista entrar para a história, mesmo sem qualquer culpa, como o dirigente que carregou o Bahia para a terceira divisão.

Na zona de rebaixamento da Série B, restam ao Bahia apenas sete jogos. O grupo de jogadores, tecnicamente falando, é limitado; a comissão técnica não tem poderes mágicos, e o tempo para arrumar a casa é cada vez mais curto.

Como se não bastasse, o próprio time perdeu a confiança. O maior exemplo da desesperança que toma conta do Fazendão parte de Uéslei, que ameaça desertar a qualquer momento.

Logo, a possibilidade de queda para a terceira divisão do futebol brasileiro é real, quase iminente, o que significa que o futuro presidente vai ter muita dor de cabeça. Pensando nisso, eu pergunto: qual a vantagem de assumir o comando de um barco em pleno naufrágio?

E o mais perigoso, caso o rebaixamento se confirme, é o fato de que, no próximo ano, o Bahia terá pela frente o temido Ipitanga, que venceu todos os confrontos com o tricolor. Pode parecer ironia, mas acredite, leitor, é a mais pura realidade.

Resta ao futebol baiano, e, em especial, ao Esporte Clube Vitória aprender com o vizinho tudo o que não deve ser feito em um clube com torcida e tradição. Ou você ainda não percebeu que, desde o ano passado, o Vitória trilha exatamente o mesmo caminho? É o Bahia fazendo escola. Quem diria”.

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