Relembre como Procópio salvou o Esquadrão em 96

Nove temporadas depois, a situação é praticamente a mesma: o Bahia do técnico Procópio Cardoso luta desesperadamente contra o descenso faltando poucas partidas para o fim do campeonato. Desta vez, porém, da Segunda para a Terceira Divisão. A missão atual é ainda mais complicada, já que caem seis equipes – diferentemente do que ocorreu no Nacional de 1996, quando apenas os dois últimos terminaram degolados da Série A.

Ao chegar ao Fazendão, há cinco rodadas, o ex-zagueiro contou que só aceitou o convite por amizade ao conselheiro Paulo Maracajá, a quem o presidente Petrônio Barradas sempre foi fiel escudeiro. Em 2004, o treinador ajudou a salvar o Atlético-MG nos jogos derradeiros do Brasileirão, somando sete dos nove pontos possíveis e confirmando a fama de herói que havia deixado em Salvador.

Tal status começou em 96, no momento em que topou socorrer o então lanterna Bahia, que agonizava com dois triunfos, sete empates e nove derrotas. Herdou do colega Fito Neves e do interino Luís Pondé um elenco devastado por três surras seguidas. Procópio iniciou a recuperação naquele certame no dia 10 de novembro, vencendo o Bragantino por 4 a 2 na Fonte Nova.

Em seguida, ficou no 0 a 0 com o Corinthians em São Paulo e levou 2 a 1 do Paraná em Curitiba, mas bateu o Vasco por 3 a 2 de virada, em casa, e conseguiu fazer 1 a 0 no Flamengo em pleno São Januário, exatamente na despedida. Escapou por um pontinho, como antepenúltimo colocado.

Assim, passados 23 confrontos, desceram Fluminense (22) e Bragantino (19), enquanto o Esquadrão de Aço se igualou ao Criciúma com 23, perdendo no saldo de gols. O Grêmio – hoje também na Segundona – levantou a taça.

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