Escrita pelo repórter Paulo Simões, a matéria abaixo se encontra na edição desta quinta-feira do jornal A Tarde, confira:
“É comum torcedor do Bahia ouvir que vive do passado quando enaltece os ganhos do tricolor. Mas seu clube está se lixando para sua própria história na mesma proporção. A ameaça de degola à Série C pela qual passa já aconteceu em 1998.
Naquele ano, a agremiação presidida por Marcelo Guimarães comemorava a parceria com o Opportunity. O banco de investimentos injetou R$ 12 milhões para pagar dívidas, formar um grande time e voltar à Primeira Divisão.
O que era para ser uma jornada vitoriosa se transformou em aventura com final melancólico. A equipe salvou-se da queda na última rodada. Venceu em casa o XV de Piracicaba, de São Paulo, já sob o comando de Abel Braga.
O turbilhão tricolor começara no Brasileiro da Série A de 1997. O Bahia fez uma campanha humilhante e alcançou a última rodada necessitando vencer o Juventude por 1×0. O rebaixamento veio com o placar sem gols.
No ano seguinte, o time foi incluído num torneio com outras cinco equipes do baixo clero: Gama, Americano, Tuna Luso, XV de Piracibaba e Ceará. No final das contas, o Gama de Brasília ganhou o título e subiu junto com o Botafogo de São Paulo.
A salvação do Bahia estava na pendência de vencer o time de Piracicaba. O tricolor foi empurrado para situação vexatória principalmente pela derrota de 2×1 diante do Ceará (foto), na Fonte Nova, que marcou a saída do goleiro Jean.
Na partida em que quase tudo deu errado, Jean aceitou dois gols incríveis assinalados por Bechara: um da intermediária, quase no meio de campo, e outro olímpico. A Fonte Nova ferveu de raiva.
O escape da Terceirona foi proporcionado pelos 4×0 sobre os paulistas. Finalmente, despertou a categoria de Uéslei, Nenê, Fábio Baiano e companhia. No meio à decepção e alívio, todo mundo prometeu não esquecer a experiência.
PRESENTE Que nada! Oito anos depois, o campeão brasileiro de 1988 e da 1ª Taça Brasil está revivendo experiências negativas. A derrota para o Sport, que virou o placar para 3×2 em 12 minutos, transbordou a cacimba.
Com duas partidas por fazer no campeonato, necessariamente o Bahia vai depender do resultado da última rodada, quando enfrenta o Paulista, em Jundiaí, para continuar na Segundona.
Ainda que vença o Santo André, dia 3, na Fonte Nova, o perigo de queda continuará lhe fazendo companhia. Com 22 pontos, hoje bate à porta da zona de rebaixamento. Só se ocorrer um milagre, continuará fora no final da rodada”.
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