Exemplo do Brasiliense vivo na memória dos atletas

A classificação antecipada do vice-líder Santo André para o quadrangular semifinal da Série B fez certos tricolores enxergarem luz no fim do túnel. A vaga, assegurada na próxima fase, seria prenúncio de partida menos dura para o Bahia neste sábado. Porém a maioria do elenco pensa diferente. Conseqüência de experiência trágica vivida na temporada passada.

Em 2004, o Bahia passou por situação parecida na competição. Só que o contexto era muito diferente do drama de estar próximo do rebaixamento para a Terceira Divisão. Na última rodada do quadrangular decisivo, o Tricolor recebeu o Brasiliense, adversário já garantido na Série A. Quem esperava moleza na Fonte Nova viu um pesadelo tricolor, eliminado ao perder por 3 a 2.

A tristeza de ver escapar a chance de voltar à elite deixou cicatrizes. Declarações de dois jogadores do presentes naquele vexame indicam as lições deixadas pelos candangos. “A gente comentava que o Brasiliense poderia se esforçar menos, mas não foi o que ocorreu. Por isso que acho que o Santo André vai jogar duro, pois quer ser líder”, diz o zagueiro Reginaldo.

O meia Rodriguinho também sentiu o baque daquela derrota inesperada. Ele enxerga diferenças e semelhanças entre as situações. “Cada jogo é uma história, não dá para comparar. Mas não podemos cair no erro de achar que o Santo André vem despreocupado. Assim como o Brasiliense do ano passado, é um time bem montado, que vai enfrentar a gente com o intuito de vencer”.

Os jogadores que não participaram do drama de 2004 repetem o discurso de cautela. É o caso de Dill. Embora tenha opinião distinta de Rodriguinho, ao considerar que o Santo André está sem tanta responsabilidade, ele salienta que oponentes nessa condição representam perigo maior. “Com certeza, eles vão jogar soltos, sem pressão. Isso pode até ser bom para o adversário”.

A Tarde (Adaptado)

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