Tudo o que os tricolores não querem é ver a repetição do placar registrado no único jogo oficial entre Bahia e Santo André. Em 19 de junho de 2004, na Fonte Nova, os times se enfrentaram pela 9ª rodada da fase inicial da Segundona. O empate em 0 a 0 daquela ocasião soaria como tragédia hoje.
Por vias distintas, Esquadrão e Ramalhão estavam em campo pela reabilitação. O Bahia vinha de derrota para o Mogi Mirim fora de casa. Já o adversário, punido com a perda de 12 pontos pela escalação irregular dos jogadores Valdir e Osmar, desejava sair da lanterna. Em contrapartida, vivia a ansiedade de disputar a partir da semana seguinte a final da Copa do Brasil – competição que acabou conquistando ao bater o Flamengo em pleno Maracanã.
Como curiosidade, o fato de que o zagueiro Gabriel, hoje no Fazendão, encontrava-se do outro lado. O auxiliar técnico dos paulistas era o seu atual treinador – Sérgio Soares, que representou Péricles Chamusca à beira do gramado, já que o titular estava suspenso pela CBF.
Nas arquibancadas, nem a proximidade do São João ou a chuva foi capaz de afastar a torcida. A partida marcou a estréia do centroavante Selmir, que viria a ser o mais criticado atleta do Bahia no certame. Seu companheiro de ataque, Renna, também debutava com o “manto sagrado”.
Depois de um primeiro tempo no qual cada equipe assustou uma vez, a etapa final teve Júlio César como protagonista. O goleiro do Santo André teve que se esforçar em dobro, após a sua equipe ficar com um homem a menos. O lateral Almir demorou para sair de campo, ao ser substituído, e acabou expulso. Confusão armada e todo o time paulista partiu para reclamar, com o policiamento entrando em campo, paralisando o jogo por três minutos.
O ataque do Esquadrão de Aço martelou, mas não conseguiu superar a barreira do Ramalhão. Mesmo assim, o técnico Vadão declararia que aquela teria sido a melhor exibição do Bahia na Série B.
FICHA TÉCNICA
19/06, 16h00
Local – Fonte Nova, Salvador-BA
Bahia – Márcio, Paulinho, Leonardo, Reginaldo e Bruno; Neto, Henrique, Cícero (William) e Robert; Renna e Selmir. Técnico: Oswaldo Alvarez
Santo André – Júlio César, Dedimar, Alex, Gabriel e Almir; Dirceu, Ramalho, Elvis (Barbiere) e Romerito; Sandro Gaúcho (Diego) e Osmar (Makanaki). Técnico: Péricles Chamusca
Árbitro – Hercules Martins da Silva (AL)
Cartões amarelos – Henrique e Paulinho (Bahia); Almir, Gabriel, Dirceu e Ramalho (Santo André). Cartão vermelho – Almir (Santo André)
Renda – R$ 122.195,00
Público – 17.624 pagantes
A Tarde (Adaptado)
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