Artilheiro tinha projeto de permanecer em Salvador

Dos medalhões trazidos pelo Bahia para levar o clube de volta à Série A, o maranhense é o único que responde presente. Esperança de promoção, há muito, ficou para trás. Resta salvar o Esquadrão do naufrágio. Quarta-feira passada, um Dill melancólico falou dos planos desfeitos por conta da frustrante campanha na Série B. “Tinha projeto de continuar no clube, me estabelecer em Salvador”.

A realidade é diferente. Terá que ir. Os 30 gols contra, juntamente com os 26 gols a favor em sete triunfos, quatro empates e nove derrotas expulsam Dill do Fazendão. O patrão não terá receita até início de 2006.

O jogador lamenta. Ele se adaptou ao Bahia como a roupa à pele. Pura empatia. Fez nove gols no Campeonato Baiano e ganhou chuteira de ouro. Na Série A, já marcou oito. Três a menos que os líderes Alecsandro (Vitória) e Fábio Oliveira (Avaí).

No tricolor, Dill reviveu os tempos de garoto. Aqui voltou a fazer gols como no Goiás, clube que o projetou no final da década de 90. Logo o Goiás que, com Dill e Araújo, impediu o Bahia de voltar à Série A, em 1998.

Aos 31 anos, Elpídio Barbosa Conceição recorre à experiência para adivinhar a surrada fórmula para o Bahia vencer o Paulista, a partir das 16 horas de amanhã, em Jundiaí. E pelo menos continuar na Segundona.

– É preciso ter muita tranqüilidade. Errar o menos possível, ser determinado. Dá para vencer e salvar o Bahia da degola. É o mínimo que nós, jogadores, poderemos fazer por essa torcida – diz. Todas essas qualidades Dill experimentou quando ajudou a elevar o Goiás, em 1989, e o Botafogo carioca em 2003. Entre uma façanha e outra defendeu o Olimpique e Servette, da França. No Brasil, ainda jogou no São Paulo e Flamengo.

A Tarde (Adaptado)

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