Passadas três semanas do fatídico rebaixamento do Bahia para a terceira divisão do Campeonato Brasileiro e…. NADA! Além do necessário enxugamento da folha, acertando a recisão de quase todo o elenco, nada até agora foi feito, além do anúncio que as eleições serão daqui a um mês ou mais. Confira a matéria de José Raimundo Silveira, que circula no A Tarde de hoje:
“Passados 20 dias do rebaixamento para a Terceirona, o Bahia continua órfão de mudanças estruturais. A eleição para a presidência segue sem data confirmada. O elenco e comissão técnica para 2006 também estão incertos. Por enquanto, apenas medidas administrativas foram tomadas pela atual direção. O planejamento para a próxima temporada ainda está na primeira marcha.
A pedra fundamental para a recuperação seria a definição do comandante-em-chefe da operação. Mas o processo para escolha do novo presidente ainda não foi deflagrado. Segundo Petrônio Barradas, que ocupa o cargo interinamente desde julho, a votação deve ocorrer entre a segunda quinzena de outubro e a primeira quinzena de novembro.
Caso o divulgado prazo seja prolongado até o final, o novo gestor teria só dois meses para arrumar a casa antes da primeira competição oficial de 2006. O Campeonato Baiano está programado para começar em 8 de janeiro. O argumento de Barradas para a demora do pleito é que o Bahia precisa ouvir os conselheiros, sócios e grandes beneméritos para tentar chegar a um nome de consenso.
Entretanto, o comentário nos bastidores dá outra versão. De acordo com alguns conselheiros, a situação tem dificuldades para encontrar alguém disposto a herdar o pepino representado por um clube endividado, afundado na Série C e desacreditado até por torcedores mais fiéis.
A oposição, por seu lado, tem problemas de articulação. Há duas semanas, integrantes do movimento Bahia Livre deixaram na Internet um convite aberto a torcedores do clube para uma reunião em prédio comercial na Avenida ACM. A informação é que apenas três pessoas compareceram.
Os nomes de candidatos desse bloco variam entre o engenheiro Rui Cordeiro e o microempresário Edmilson Gouvêia. Mais recentemente, surgiram as vias do jornalista Nestor Mendes Júnior e o advogado Ademir Ismerim. Todos têm um ponto em comum: reclamam que o Conselho Deliberativo é dominado pelos ex-presidentes Marcelo Guimarães e Paulo Maracajá.
Por falar neste último, ele participou ontem de uma reunião no Fazendão, ao lado de Petrônio Barradas, o diretor-financeiro, Luís Trócoli, e o observador-técnico, Carlos Anunciação. A pauta do encontro não foi revelada, mas se comenta que a definição do novo treinador esteve em discussão.
Em meio às especulações, o nome de Lula Pereira ganha força. Ele treinou o Bahia no Campeonato Brasileiro de 2003 e esteve esta semana no Fazendão, sacramentando um acordo financeiro para receber salários atrasados.”
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