O presidente interino do Bahia, Petrônio Barradas, analisou como irônica a candidatura do engenheiro Fernando Jorge Carneiro à presidência do clube. O dirigente deixou bem claro que identifica o candidato como um “oportunista”.
Segundo Barradas, Fernando Carneiro nunca foi sócio oficial do Bahia e nunca contribuiu para a melhoria do mesmo. Desconsiderando que um candidato tem que ser sócio há pelo menos um ano, Petrônio afirmou que Carneiro apenas possuía uma proposta de sócio, em trânsito no clube e que permitiu que o “sócio” pagasse os valores só para “não criar obstáculo”.
“Eu não voto nele. Não é meu candidato, nunca se identificou com o Bahia e está aproveitando o momento de crise para se promover”, opinou o presidente interino.
A situação ainda não se pronunciou sobre representante nas eleições. Porém, a tendência mais provável é que Petrônio Barradas dispute o pleito contra Carneiro. Mesmo antes da confirmação, o presidente interino já solta farpas. “Ele é uma pessoa que não colaborava com o clube, tanto que estava inadimplente como sócio. Na hora da eleição, todos aparecem”, dispara.
“Colaborei de alguma forma com as últimas gestões. Nunca fui à imprensa brigar contra dirigente, apenas fazia minhas críticas como torcedor. Eu represento um grupo que deseja mudar os rumos do Bahia”, defendeu-se Carneiro.
PINGUE-PONGUE
O que mais pesou para o senhor lançar candidatura?
A falta de uma opção dentro do Bahia capaz de lidar com o atual quadro de Terceira Divisão e passivo superior a R$ 50 milhões. Além disso, o amor e a paixão que eu tenho por esse clube, caso contrário não deixaria minha vida tranqüila para se meter em uma luta desse tamanho. Cedi aos pedidos de muitos amigos, que acharam que eu seria a alternativa mais viável para mudar o atual quadro.
É uma candidatura de protesto, ou o senhor está na disputa para vencer?
Quero ganhar a eleição. Nos últimos 30 ou 40 dias, fiz parte de um grupo formado por pessoas de diversos campos de atuação, que esteve reunido para encontrar saídas para o Bahia. Temos uma diretoria setorizada, que vai trabalhar com independência. O diretor de Futebol terá autonomia em seu setor, por exemplo. Só os superintendentes de Futebol e da Divisão de Base serão remunerados. Serão três anos de abnegação. Depois, pretendo passar o comando para uma gestão totalmente profissional.
É possível convencer os conselheiros a votarem no senhor?
Tive acesso agora à lista dos conselheiros. Fiquei surpreso com a quantidade de pessoas que lá estão e que são capazes de avaliar positivamente nossa candidatura. Nestes dias que antecedem à eleição, vamos procurar conversar com essas pessoas. Agora, é preciso analisar se todos os conselheiros estão adimplentes e em condição de votar. O problema é a confiabilidade do banco de dados do clube.
Vencendo a eleição, qual sua medida imediata?
A primeira medida é montar um time de futebol competitivo. O atual plantel tem perfil perdedor. O Bahia necessita ser campeão, para resgatar a confiança da torcida. Em paralelo, faremos uma faxina administrativa, mobilizar os ativos que não interessam, saber se o sócio tem interesse em continuar conosco e procurar novos investidores.
Como obter recursos para o clube?
A marca do Bahia é extremamente forte. O clube é viável. Vamos procurar o governo do Estado, a Prefeitura de Salvador e a iniciativa privada, a fim de revitalizar o clube. O Bahia precisa de um presidente com trânsito empresarial. Existem diversas formas de captar recursos, desde que a gestão esteja voltada para o bem do Bahia. Precisamos de pessoas sem interesse pessoal, sem intenção de seguir carreira política ou obter cargos.
A Tarde & Tribuna da Bahia (Adaptado)
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