Impulsionada por mensagens de dois leitores do ecbahia.com.br que residem em Massachusetts (Douglas Fernandes e Francisco Ribero), a reportagem “Enquanto isso, Viola se esbalda nos EUA…” pautou a totalidade da imprensa soteropolitana no dia seguinte à sua publicação – infelizmente sem receber o devido crédito na maioria absoluta dos veículos. De qualquer maneira, serviu para suscitar a discussão sobre o tema, sobretudo à diretoria tricolor, que acabou recebendo uma ótima notícia para ajudar no emperrado desligamento do atleta. Leia matéria do Correio da Bahia sobre a repercussão:
Informado da atitude do tetracampeão – que custa R$60 mil/mês, entre luvas, salário, direito de imagem e aluguel de mansão em Vilas do Atlântico -, o diretor do Departamento Médico, doutor Marcos Lopes, reagiu com ironia e deixou uma dúvida no ar. “Isto mostra o caráter do profissional que não estava liberado e jogou à revelia. Até hoje, confiávamos, pois acreditávamos na palavra do paciente até que se provasse o contrário. Acho que este ato de indisciplina pode terminar em rescisão contratual. Afinal, se ele sempre disse que tinha dor e que não podia atuar como estava na seleção? E o Bahia?”.
Comunicado imediatamente da travessura pelo diretor, o presidente interino, Petrônio Barradas, decidiu tirar o problema de um setor e encaminhá-lo a outro. “O caso está entregue ao Departamento Jurídico, Administrativo e Pessoal que nos informará da maneira correta de agir. De imediato, digo que pode ser uma multa ou até mesmo a suspensão e rescisão contratual”. Marcos Lopes relembrou que o veterano era reincidente, pois também não estava autorizado para estar na despedida de Romário da Seleção, contra a Guatemala, em 27 de abril, no Pacaembu, em São Paulo. “Ele deve ter um jatinho particular, pois some e ninguém sabe”.
(…)
O diretor do DM ainda condenou a atitude do centroavante em comemorar o gol da Seleção Brasileira de Masters se jogando na neve. “Estou surpreso com a espetacular reação dele, já que curar uma lesão muscular no frio é muito pior. Ele estava na fase de recuperação física e recebia orientação de como deveria agir. Mas, seguramente, há mais de uma semana não vejo Viola, que não dá qualquer satisfação”.
A última partida de Viola pelo tricolor foi em 19 de agosto, contra o São Raimundo, na Fonte Nova. Desde então, ele passou a se queixar de lesão na coxa direita, não jogou mais e inviabilizou qualquer tentativa de rescisão, dizendo que cumprirá o contrato, que vai até 31 de dezembro, quando completa 36 anos.
PREVIDÊNCIA
Um fato causou estranheza aos advogados trabalhistas consultados. Todos ficaram intrigados com o suposto fato do veterano ainda não ter sido encostado junto à Previdência Social, mesmo já tendo mais dois meses lesionado. Segundo informaram, a lei permitiria que após 15 dias de inatividade a medida fosse tomada pelo clube. Para a direção, isto representaria economia no combalido cofre.
Os advogados complementaram que, a depender do tratamento médico indicado ao atleta, ele poderia sim praticar atividade física em outro local, desde que o Bahia tivesse dato férias a todos no Fazendão, impossibilitando sua plena recuperação, e que uma pessoa de fora do clube ficasse responsável por monitorar o tratamento da lesão. Em caso de falha do atacante, o time poderia puni-lo, desde multa por falta ao trabalho até tentativa de rescisão contratual.
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