Intitulada Nada Mudou, a nota a seguir foi publicada na edição desta quinta-feira do jornal A Tarde. Confira:
“O Movimento Unidade Tricolor, que disputou as eleições no Esporte Clube Bahia, no pleito do último dia 07 de novembro, com a candidatura do engenheiro Fernando Jorge Carneiro, vem a público se manifestar.
Em primeiro lugar, estabelecemos uma trégua de 30 dias para que a poeira se assentasse, os ânimos eleitorais serenassem e a nova diretoria pudesse mostrar a que veio.
Em um mês, podemos afirmar: nada mudou no Esporte Clube Bahia. Apesar da contratação do engenheiro Newton Mota profissional de credibilidade e respeitabilidade no futebol as questões estruturais não foram sequer atacadas.
O novo diretor de futebol não tem plena autonomia: pode formar a sua equipe, desde que mantenha a velha estrutura que levou o Bahia a essa vexatória 3ª Divisão. Falta dinheiro para contratar bons jogadores, mas os dirigentes que sempre viveram do dinheiro do Bahia continuam na folha de pagamento do clube.
O caso do goleiro Emerson é emblemático. Último ídolo que resta ao Tricolor, que por diversas vezes demonstrou respeito e amor pela camisa do Bahia, vai reforçar o rival na campanha rumo ao pentacampeonato. Não há R$ 15 mil para pagar a Emerson, mas quanto recebe os dirigentes abnegados remunerados?
Em 30 dias nenhuma providência foi tomada para garantir recursos para a temporada 2006. E para que se possa captar novas receitas é necessário que se tenha competência, criatividade, respeitabilidade e confiabilidade atributos que poderiam garantir uma bem sucedida campanha de atração de novos sócios ou de novos patrocinadores e investidores.
Disputamos o processo eleitoral respeitando as regras do jogo, embora soubéssemos que os conselheiros não eram representativos de todas as forças que compõem o Esporte Clube Bahia. Os poucos representativos foram coniventes com o continuísmo. Dentre os que votaram no candidato da situação, a maioria eram parentes, empregados e laranjas dos atuais dirigentes, numa deslavada afronta aos mínimos preceitos da democracia.
Agora, vamos para uma nova batalha: a eleição do Conselho Deliberativo, no mês de janeiro. O Movimento Unidade Tricolor solicita desde já que o clube divulgue a relação dos sócios e confirme a anistia geral concedida em novembro último. E não se pode falar em anistiar apenas os membros do Conselho, porque o requisito básico para ser conselheiro é ser sócio, conforme determina o Art. 14 do Estatuto do Bahia.
O Movimento Unidade Tricolor vai disputar, democraticamente, a eleição do Conselho Deliberativo do Esporte Clube Bahia e vai se utilizar de todos os meios, jurídicos e legais que estiver à disposição, para garantir transparência, democracia e respeito à vontade livre do associado.
Salvador, 08 de dezembro de 2005
Movimento Unidade Tricolor”
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