“Todo-poderoso” está fora do STJD

Após inúmeros adiamentos e atos protelatórios, o desembargador carioca Luiz Zveiter finalmente foi afastado da presidência do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O julgamento terminou nesta segunda-feira, em sessão no Conselho Nacional de Justiça, em Brasília, depois de ter sido interrompido por um pedido de vistas ao processo no último dia 29 de novembro.

O motivo: acúmulo de funções públicas e privadas, situação proibida pela Constituição Federal. Cinco dos nove conselheiros votaram a favor da saída do magistrado, que deixa função que ocupava desde 1990. Outros oito juristas também terão de deixar seus cargos, entre eles, o vice de Zveiter, Nelson Tomaz Braga. Segundo a assessoria de imprensa do STJD, a CBF é quem definirá a data de uma nova eleição para a presidência da entidade.

REPERCUSSÃO
Melhor para a dupla BA-Vi e – sobretudo – a Federação Bahiana de Futebol, que vinham acompanhando com atenção os acontecimentos. Isso porque ainda há uma réstia de esperança de que a CBF não use “dois pesos e duas medidas” e, assim, também acabe cancelando os jogos “contaminados” pela máfia do apito na Segundona, o que beneficiaria os clubes do Estado.

O presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues, promente não descansar: “Estamos defendendo o interesse de Bahia e Vitória e do futebol baiano em geral. Já entramos com três ações no STJD e depois que fui informado que o procurador pediria o arquivamento do processo, estamos com uma representação pedindo que o caso seja julgado pelo Tribunal Pleno. Se a decisão for idêntica, ainda podemos apelar a outros órgãos, inclusive ao Ministério Público”.

Para ele, o afastamento de Zveiter vai facilitar a apreciação de seu protesto, sem falar que vários auditores já teriam declarado que são favoráveis à anulação dos jogos da Série B. Como isso não pode mais ocorrer (haja vista que o certame já se encerrou), a melhor saída, então, seria não haver rebaixamento este ano. Será?