Apesar de já ter anunciado 20 reforços antes mesmo de 2005 terminar, o Tricolor vem enfrentando sérias dificuldades para contratar. Principal responsável pelos contatos, Newton Mota perdeu a conta dos jogadores que deixou de acertar por causa da falta de dinheiro e condição de terceirão do Bahia: Tudo fica mais ou menos encaminhado na conversa inicial. Aí o procurador pede dois ou três dias antes de assinar, complicando a gente.
O caso do meia Alexandre Salles é ilustrativo. Entre a primeira reunião e o batelo martido, passaram-se três semans, tempo em que ele quase parou no exterior. O empresário ficou esperando uma proposta do Japão. Disse que também havia chance de levá-lo para times da Série A. Nesse intervalo, ficamos sem saber se contaríamos com ele, prejudicando nosso planejamento, revela o diretor de futebol.
No caso de Salles, o tricolor acabou fechando acordo. Mas em outras situações, como as dos meias Juninho Cearense e Rodrigo Santos (ambos do CRB), a espera por resposta positiva foi em vão, recorda o dirigente. A partir da negativa, há todo o trabalho de procurar atletas com o perfil desejado e, mais importante, dentro da realidade financeira de um clube da Série C.
LATERAL E MEIA A dificuldade da vez está na lateral-esquerda. De acordo com Newton Mota, existem três jogadores apalavrados com o Bahia. Um dos nomes seria Jocemar, do sergipano Boca Júnior. Mas todos eles estão encrespando na parte financeira. Com certeza, não anunciaremos novas contratações até o início da próxima semana, comenta.
O problema é a urgência para trazer gente da posição. O Bahia conta só com um especialista: Jean, que veio do Olímpico, de Sergipe. O reserva imediato seria Apodi. Mas a revelação do Real Salvador foi para o Vitória.
Além do lateral-esquerdo, o tricolor apressa o passo para trazer um reforço para a meia-direita. Com mais estas duas peças, a direção acredita que dá para começar a campanha no Campeonato Baiano, dia 8 de janeiro.
A Tarde (Adaptado)
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