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Petrônio nega acusações sobre eleição do Conselho

Notícia
Historico
Publicada em 5 de janeiro de 2006 às 10:13 por Da Redação

Apesar de já termos publicado sobre o assunto na última terça-feira, vale a pena conferir matéria do repórter José Raimundo Silveira na edição desta quinta do jornal A Tarde. Intitulada “Prenúncio de nova confusão”, ela faz um resumo dos fatos e aprofunda ainda mais a questão:

Eleição para presidência já foi uma novela no Bahia. Polêmica da vez é a votação para o Conselho Deliberativo, marcada para amanhã. Oposição e situação divergem quanto ao colégio eleitoral

Às vésperas da estréia no estadual, um tema fora dos gramados toma conta do Bahia. A eleição dos membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal, programada para amanhã, movimenta os bastidores, numa batalha que pode chegar à esfera judicial, com impugnação do pleito. A oposição acusa a situação de manipulação do processo, com intuito de manter o controle político do tricolor.

Quem lidera a lista de queixosos é o movimento Unidade Tricolor, criado durante a disputa presidencial de novembro do ano passado. Segundo manifesto do grupo, publicado na internet e distribuído à imprensa, a atual direção do Bahia está emperrando a renovação do quadro de conselheiros, fazendo uma eleição na surdina e dificultando a filiação de sócios.

O arquiteto Ivan Carvalho, presidente da Associação Bahia Livre, segmento da Unidade Tricolor, garante que está havendo uma manobra para que o Conselho Deliberativo continue dominado pela situação. “É uma eleição às escondidas. Não houve convocação, não há nada no site oficial do clube e não querem novos sócios votando. Além disso, não se sabe quem são os sócios aptos a votar”.

A afirmação de que a eleição para o Conselho não foi convocada é inverídica. Somente em A TARDE, a convocação foi publicada em 22 e 23 de dezembro de 2005, antes do prazo previsto no estatuto tricolor, que é de dez dias antes do pleito. Porém, convém ressaltar que o anúncio saiu em formato tímido, com letras em corpo reduzido e sem a logomarca do Bahia.

Carvalho argumenta que o Conselho deveria ser a instância de fiscalização e cobrança das ações do presidente e seus diretores, mas não vem cumprindo essa missão. De acordo com ele, a intenção do grupo que controla o Bahia é manter tudo como está. “O Conselho atual não existe, só diz amém. Os donos do clube não querem mudar esse quadro, criando inúmeras dificuldades para a oposição”.

JUSTIÇA – A principal adversidade seria a entrada de novos sócios patrimoniais. É justamente este aspecto que promete render acirradas discussões na sede de praia da Boca do Rio, local da votação, a partir das 9 horas.

O motivo é a divergência sobre quem tem condição legal para votar. A situação, na figura do presidente Petrônio Barradas, alega que apenas sócios há mais de um ano votam. A oposição, representada pelo jornalista Nestor Mendes Júnior, diz que não há esta obrigatoriedade no estatuto, ponderando que a restrição vale para concorrer ao cargo de conselheiro.

Para Mendes Júnior, essa é a razão pela qual o Bahia tem dificultado novas associações. O raciocínio é que os recém-filiados, naturalmente insatisfeitos com a queda para a Série C, estariam fora do controle do grupo situacionista.

O jornalista assegura que a oposição vai inscrever chapa com 300 nomes. Encabeçam a lista tricolores como Virgílio Elísio, ACM Neto, Nizan Guanaes e Elsimar Coutinho. Mas ele dá a entender que a briga vai parar na Justiça. “Se precisar, partiremos para a impugnação. Não é possível uma eleição na qual ninguém sabe quem está em condição de votar”.

Presidente fala que processo é limpo

O Bahia se defende da polêmica envolvendo a eleição para seu Conselho Deliberativo. Contrariando as críticas da oposição, o presidente Petrônio Barradas fala que o processo está transcorrendo de forma limpa e clara. “Não poderia ser diferente, pois agir da forma que estão acusando é algo fora do meu perfil”, rebate.

Barradas ressalta que o edital de convocação foi publicado em três jornais da capital, duas semanas antes da eleição. Segundo o dirigente, nem haveria esta necessidade.

“O estatuto do clube é explícito, pois determina que a eleição do Conselho deve acontecer no dia 6 de janeiro. Mesmo assim, publicamos edital quatro dias antes do prazo”, explica.

Captação – Sobre a dificuldade encontrada por torcedores para se associarem ao clube, Barradas também tem resposta. Ele justifica que o departamento de marketing do Bahia, em conjunto com o vice-presidente social, Rui Cordeiro, planejam uma campanha para captação de novos sócios. “São muitas mudanças, que implicam adaptações. Essa é a razão dessas dificuldades temporárias”, pondera.

O presidente tricolor garante ser apenas coincidência o fato de essas adversidades estarem ocorrendo justamente às portas da eleição para o Conselho.

E salienta que os assuntos são distintos. “Não tem nada a ver uma coisa com a outra, até porque só quem é sócio há mais de um ano poderá votar para eleger os conselheiros”.

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