Leia abaixo matéria – a qual o ecbahia.com.br escreve embaixo – do repórter Marcelo Sant´Ana na edição desta segunda do Correio da Bahia:
Um dos ídolos do Bahia voltou ao palco onde mais brilhou. Foi na Fonte Nova, durante a década de 70, que Douglas ajudou a escrever alguns dos capítulos mais vitoriosos da história azul, vermelha e branca. O ápice foi o heptacampeonato baiano – recorde do clube -, entre 1973 e 1979, quando, além de campeão, foi artilheiro por duas vezes: 73 e 78, ano em que ainda se consagrou como maior goleador do Brasil, com 51 gols. Entretanto, diferente do que se imaginava, o reencontrou foi frio.
Há três décadas, o então atacante era reverenciado pela torcida, retribuindo com 211 gols, o que o faz o segundo maior goleador na história tricolor, atrás apenas de Carlito, com 253 tentos. Ontem, ele não ouviu qualquer grito de apoio ou elogio, mas vaia aos seus jogadores quando a equipe entrou em campo e ele desejava sorte. “Falei que eles têm que acreditar, pois a resp0onsabilidade é do Bahia”, comentou logo após pisar no “campo que melhorou; não era bom assim, não. Agora, está excelente e daria até para fazer mais gols”, brincou, usando como referência um verdadeiro Esquadrão de Aço onde também brilhavam Roberto Rebouças, Fito, Romero, Baiaco, Tirso e Beijoca, entre outros.
Do traje que tinha por hábito utilizar, Douglas conservou apenas uma peça – a chuteira. Tudo bem que ela era modelo society e estava desamarrada, porém era uma chuteira, par inseparável dos craques e objeto de desejo dos fãs. “A qualidade que sobrava naquela época é o que falta hoje”, tentava explicar logo após o apito final o porquê da derrota por 2×0, apesar de ter jogado desde os 24 minutos do segundo tempo com um homem a mais; em razão da expulsão de Jean.
Para não dizer que ninguém lembrou do ídolo, o volante Guilherme, um dos melhores em campo, fez questão de cumprimentá-lo ao final de ambas as etapas. “Sabe o Jesum, o ponta que jogou no Bahia?”, questionou para ouvir uma resposta afirmativa. “Então, ele mora em Minas e falou comigo ao saber que eu iria encontrar com o Douglas e pediu para mandar um abraço e cumprimentar uma pessoa que foi ídolo no clube”, justificou, dando exemplo do que a diretoria tricolor poderia ter feito.
Na trágica campanha do Brasileiro do ano passado, o departamento de marketing até criou o projeto “Reverência aos ídolos”, “como forma de reconhecer os serviços prestados ao clube e fazer com que feitos memoráveis chegassem ao conhecimento de gerações que não os viram brilhar em campo”, dizia texto da assessoria de imprensa. Eliseu, Zé Augusto, Baiaco, Beijoca, Biriba, Sapatão, Tirso, Marito, Ronaldo Passos, Zé Carlos, Charles Fabian, Jorge Campos, Osni, Léo Oliveira, Sandro, Maílson e Enaldo Rodrigues foram os homenageados. A Douglas, o simbólico aperto de mão de Guilherme e a inauguração da galeria dos esquecidos.
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