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Transações renderam cerca de 850 mil para o clube

Notícia
Historico
Publicada em 20 de janeiro de 2006 às 18:49 por Da Redação

É público e notório. Sem dinheiro, habitando a última divisão do futebol tupiniquim e com cada vez menos platéia em suas partidas, o Tricolor amarga o famoso estado pré-falimentar. Segundo o último balanço do Bahia S/A, controladora da parceria com o Banco Opportunity, o rombo é de milhões, que vai se acumulando com o passar dos dias. Como solicitou um adiantamento da verba de transmissão de TV a que tem direito no Clube dos Treze, o Esquadrão não pode mais contar com os cerca de R$ 340 mil mensais que recebia, pois o dinheiro já está comprometido para o pagamento de dívidas.

Nem mesmo a diretoria esconde: está com o pires nas mãos e qualquer recurso que entre é amplamente festejado. Daí vem a preocupação da torcida em relação a uma venda prematura dos garotos que brilharam na Copa São Paulo. A instituição segue contendo gastos como pode, já reduziu a folha em mais da metade e até pequenos detalhes, como a ausência de “maca-móvel” e ambulâncias de empresas particulares na Fonte Nova são perceptíveis.

O problema é que os funcionários do Fazendão permanecem à míngua. De acordo com uns, são cerca de cinco meses de salários atrasados. Outros fazem denúncias anônimas, acusando que o time júnior viajou sem médico na delegação e que um corte de luz e/ou telefone no Alto de Itinga é iminente. Antes do jogo de quarta-feira, ao prometer que a equipe faria a sua melhor apresentação no campeonato, o técnico Luís Carlos Cruz não escondeu: “É disso que precisamos: tranqüilidade e que algumas questões financeiras sejam resolvidas”. Discurso semelhante ao do jovem meia Danilo Rios após derrotar o Inter-RS na Copinha, dedicando o triunfo aos trabalhadores do CT.

RECEITAS
Desesperada, o jeito que a direção encontrou foi negociar os atletas pertencentes ao clube. O saldo da “limpa” promovida no elenco bi-rebaixado apresentou um ganho de 840 mil reais aos cofres tricolores. Sem incluir os empréstimos de Paulinho (ao Juventus-SP), Cícero (Figueirense), Luís Alberto (Etti Faq-SAU) e Neto e Jair (Bragantino-SP), que foram gratuitos, com seus novos times pagando a remuneração dos memos, o Bahia contabiliza R$ 200 mil do negócio de Nonato (ao Goiás), R$ 110 de Neto Potiguar (São Caetano), R$ 100 mil de Ernane (Vasco) e R$ 80 mil de Ari (Internacional). Para completar, lucrou 350 mil com a venda de 30% do passe de Jajá ao Cruzeiro.

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