Ainda na tarde desta segunda-feira, no Fazendão, os procuradores de Márcio se reuniram com o diretor de futebol Newton Mota e começaram a contatar outros clubes para levar o jogador que pediu para ser negociado. “No começo do ano, fomos procurados por Brasiliense, Coritiba, Juventude e Náutico, que estavam sem goleiro. Agora que os clubes estão com os elencos fechados, está mais difícil, mas tenho certeza que vamos encontrar uma equipe para ele. Trata-se de um atleta valorizado, de potencial, jovem e, portanto, tem muito mercado”, disse o empresário Fernando Garrido, o Terceirinho, lembrando que no início de 2005 o Cruzeiro também sondou o camsa 1.
Márcio, que tem contrato até junho de 2008, passa a treinar em separado no Fazendão, observando de longe os antigos companheiros. Com ar irônico, declarou no ato de seu desligamento a razão imaginada por ele para as queixas ao seu desempenho: “Talvez seja o preço que tenho que pagar por tantos anos dedicados a jogar pelo Bahia”. Após 10 anos de casa, lamentou: “Virei torcedor do Bahia. Cresci e fui muito feliz aqui. Tinha outros planos para a temporada. Queria permanecer e ajudar o clube a sair dessa situação. Infelizmente, não vai ser possível, mas vou ficar na torcida e espero um dia retornar”.
ATRASADOS
O goleiro explicou o lance do gol que decretou o triunfo do Vitória no primeiro BA-Vi do campeonato. “O atacante pisou no meu pé e, por isso, não pude chegar na bola. Mas o juiz não viu isso”. Márcio admitiu o atraso de oito meses no pagamento dos direitos de imagem e outros dois meses de salário, mas lembrou que o fato não pesou na decisão de deixar o clube. Segundo ele, “o clima está pesado. Tô levando a culpa de tudo o que está acontecendo. Acho que é por ser um dos poucos que ficou aqui. Admito que não estou no meu melhor momento, mas todo mundo é passível de erro e eu não posso assumir tudo sozinho. Não fujo à minha responsabilidade, mas a situação está difícil. Acho que o melhor agora é dar uma rodada e procurar novos ares”.
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