“Demorou, mas parece, enfim, que a direção se tocou da queda. Depois de voltar a vender títulos de sócio patrimonial, anunciou nesta terça que efetuou os primeiros contatos para a formação de uma comissão de reforma do Estatuto do Bahia”. O trecho faz parte de uma notícia que publicamos naquele 12 de outubro de 2005, quando a assessoria de imprensa tricolor divulgou que “foram chamados torcedores de diversas facções, tais como sócios, conselheiros, líderes de torcidas organizadas e associações independentes”. O problema é que, de lá para cá, além de o cadastramento de novos sócios ter sido novamente fechado (um completo absurdo, diga-se), quatro meses se passaram e nenhum resultado prático da tal comissão foi observado.
Insatisfeito com o marasmo reinante, o diretor de produção do ecbahia.com.br, Marcelo Barreto, um dos 24 nomes da relação (composta em sua grande maioria por representantes da situação), entrou em contato com o relator do grupo, Rui Cordeiro, e tomou um susto. Segundo o também vice social do clube, ele se afastou de ambas as responsabilidades e já comunicou isso ao presidente, solicitando, inclusive, a sua saída definitiva das funções.
O engenheiro, que surpreendeu a todos ao ser convidado para a cúpula azul, vermelha e branca, tendo em vista a sua história ligada à oposição, alegou motivos particulares e profissionais, declarando que tem vivido a maior parte do tempo fora de Salvador. Questionado sobre o assunto, o secretário-geral da comissão, Marco Costa, que acumula a vice-presidência de marketing tricolor, retrucou que o Bahia ainda não havia recebido nada oficialmente no sentido.
ENGESSADA
Logo na primeira reunião reformista, em 18 de outubro, ficou definida a criação de três sub-comissões para analisar o Estatuto – uma Institucional (encarregada dos artigos 1 a 50), uma Social (51 ao 80) e uma Patrimonial/Financeira (89 a 117) – e se estabeleceu o dia 30/11 como prazo inicial para a conclusão dos trabalhos. Na época, o site chegou a disponibilizar um endereço eletrônico exclusivo – [email protected] – para a torcida mandar sugestões a serem colocadas em pauta nos encontros seguintes. E assim o fez. Considerado arcaico, o atual documento-mor do Esquadrão de Aço é de 1981.
Em matéria de em meados de janeiro do jornal A Tarde, o presidente do Bahia Livre, Ivan Carvalho, já estranhava: “De repente, ninguém falou mais nada. Tenho a impressão de que a comissão morreu”. Rui Cordeiro discordou, alegando que o calendário dificultou as reuniões: “Deixamos passar essas festas. O que atrapalhou foi Natal, Réveillon, Lavagem do Bonfim. O pessoal viaja, ficamos sem representatividade”. As promessas não foram cumpridas: “Segunda ou terça agora, vamos nos reunir novamente para ajustar as propostas”. Previa que até o final do mês nasceria o novo Estatuto. Quinze dias depois, haveria convocação para os conselheiros votarem as mudanças. Se aprovado, o documento seguiria para avaliação da assembléia geral.
E não obstante Cordeiro sempre argumentar que a realização de eleições diretas em 2008 é “ponto pacífico”, cresce a desconfiança da Nação Tricolor, que já acusa a convocação da reforma apenas como meio de minimizar a pressão que a diretoria vinha sofrendo pós-rebaixamento à Terceirona…
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