Elenco tricolor não esconde preferência pelo 4-4-2

Talvez o principal motivo da demissão de Luís Carlos Cruz – que agora parece cotado para assumir o ABC de Natal – tenha sido a imposição de uma tática considerada “retranqueira” por torcida e imprensa. Partidário do 3-5-2, o ex-técnico do Bahia chegou a improvisar o lateral Galego no miolo de zaga somente para não sair do esquema. Foi o estopim para a diretoria.

À vontade após a saída do treinador, os jogadores destacam a mudança de posicionamento como um dos fatores que contribuíram para a fácil goleada do último domingo. “O 4-4-2 é muito melhor para a gente que joga na frente. Como são dois meias, é só olhar para o lado que sempre tem um companheiro”, explica o camisa 8 Rafael Bastos. O atacante Bruno César também aprova a alteração, mas faz um alerta. “Eu prefiro jogar assim. Mais jogadas são criadas e os atacantes recebem mais bolas. Em compensação, corremos mais perigo de sofrer contra-ataques”, salienta.

O interino Charles explica que, para se usar uma determinada estratégia, é necessário possuir atletas que se encaixem nela: “O São Paulo joga no 3-5-2 e é um ótimo time ofensivo. Para o Bahia, acredito que o 4-4-2 seja a melhor opção”. Os números da equipe atuando no 4-4-2 também são melhores. Levando em conta apenas os jogos com a garotada, os dois contra o Atlético e o de Camaçari, quando usou dois armadores e dois zagueiros, o Bahia marcou oito gols e sofreu um. Já quando teve três beques e apenas um homem-de-ligação, contra Ipitanga e Vitória, sofreu e marcou dois gols. O esquema escolhido para o duelo de daqui a pouco é o que vem obtendo maior sucesso.

A Tarde (Adaptado)

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