Num dia histórico para o clube, o Bahia venceu o Itabuna na tarde deste domingo por 3 a 1. Há 17 anos, o Tricolor conquistava o seu segundo título nacional. Na primeira decisão para o Esquadrão em 2006, o time começou jogando de maneira apática. Sem o ímpeto usual da garotada, nem aparentava estar buscando sua classificação para a fase final da competição. Com mais posse de bola, o adversário também não conseguia chegar com tanto perigo.
O primeiro gol do jogo foi tricolor, mas o lance começou em seu próprio campo. O time grapiúna atacava, tendo um corner a seu favor, fruto de uma saída de bola errada por parte do meio-campo soteropolitano. O goleiro Marcão repôs a bola rapidamente e Bruno César, na ponta-direita, foi empurrado dentro da área. Pênalti, que aos 21 minutos do primeiro tempo, Marcel cobrou com categoria, colocando o goleiro no lado oposto à bola.
O jogo continuou num ritmo lento, com o time da região cacaueira segurando mais a bola e o Bahia arriscando em jogadas de contra-ataque. E foi assim que o segundo gol começou a se desenhar. Numa roubada de bola em seu próprio campo, Ávine iniciou um contragolpe que culminou num escanteio. Na primeira tentativa, a zaga colocou a bola novamente pela linha de fundo. Na segunda vez, aos 43, ao invés de cruzar, o lateral-esquerdo trocou passes rasteiros e mandou direto pro gol, num misto de cruzamento com chute. Um golaço! Bahia 2×0. E assim o jogo seguiu até o intervalo.
Na etapa derradeira, o jogo se reiniciou mais movimentado. O Bahia mostrava uma melhor “pegada” que no primeiro, provavelmente fruto da conversa de Charles com o time nos vestiários. Mais ligado na partida, o Esquadrão controlou as ações, buscando o terceiro gol de forma tímida. Com isso, o Itabuna passou a atacar com mais ímpeto. E antes de alterar o score, ainda cobrou uma falta com extremo perigo, obrigando o goleiro Marcão a mostrar serviço, e depois a zaga, cortando a bola para longe. Aos 41 minutos, Guga, que já tinha feito um golaço no jogo de ida, movimentou as redes, deixando a torcida temerosa pelo empate. Porém Danilo Rios, que havia entrado no lugar de Ancelmo, deu números finais ao embate. Ele recebeu a bola livre dentro da área, e aos 42, tocou na saída do goleiro, fazendo 3×1 e garantindo o Esquadrão na próxima fase. O placar poderia ser ainda mais dilatado, caso o auxiliar não tivesse anulado um gol legítimo de Ávine, marcando impedimento.
Vale ressaltar as substituições promovidas por Charles Fabian. Nos momentos pertinentes, o campeão brasileiro trocou Ancelmo por Danilo, Rafa Bastos por Rodrigo Pardal e Bruno César por Deon. Com isso, o time ganhou mais movimentação e objetividade na frente. Destaque também para a defesa considerada reserva, que provou que tem condições de ser efetivada. Rodrigão, que nunca havia defendido o tricolor perante a torcida, mostrou-se um zagueiro seguro, cortando todas as bolas aéreas. Quase 15 mil pessoas assistiram ao triunfo tricolor, mostrando o apoio que a rapaziada tem pedido. Nas quartas-de-final o Esquadrão enfrentará o Fluminense de Feira, com o primeiro jogo marcado para 2 de março, a “quinta-feira de cinzas”, na Fonte Nova, às 20h30. O Touro do Sertão manda o jogo seguinte, no Jóia da Princesa, dia 5 de março, jogando por dois resultados iguais.
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