Mergulhado na pior crise de sua história, o Bahia assiste imóvel ao seu “parceiro” privilegiar outros times do futebol nacional desde setembro, quando o festejado convênio com o Cruzeiro foi fechado. O contrato assinado há mais de seis meses rendeu apenas os jogadores Guilherme, Rodrigão e o já dispensado Dilmar, num primeiro momento, além do volante Emerson, mais recentemente. Outros cruzeirenses ficaram de vir e não chegaram, a exemplo do lateral-direito Alemão e dos atacantes Marinho e Robert, enquanto o Tricolor mandou para Belo Horizonte as revelações Jajá, Kléberson e Denílson.
E se o auxílio celeste já incomodava na cessão de ótimos talentos sub-aproveitados na Toca da Raposa a pequenos como Ipatinga e Cabofriense, o anúncio da nova parceria mineira comprova a ausência de poder de barganha do Bahia. É que o Flamengo vai receber gratuitamente nada menos que os melhores atletas do “Tigre do Vale do Aço”, equipe sensação do primeiro semestre brasileiro. Sem problemas, na verdade tudo não passaria de uma estratégia para enfraquecer um forte concorrente tricolor na Série C...
Bem, o certo é que se acertou as idas do centroavante Diego Silva e dos meias Léo Medeiros e Walter Júnior (Minhoca), principais responsáveis pela eliminação do Botafogo na Copa do Brasil, para a Gávea. O martelo foi batido após reunião entre o vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Zezé Perrella, o diretor de futebol Eduardo Maluf, os dirigentes flamenguistas Kleber Leite e Isaías Tinoco, e o presidente do Ipatinga, Itair Machado.
O volante Léo Silva também interessava ao Flamengo e chegou a ser incluído na negociação, mas, como há possibilidade de ele ser aproveitado pelo técnico cruzeirense Paulo César Gusmão, acabou tendo o empréstimo suspenso.
“Essa parceria é economicamente muito boa para o Cruzeiro. A visibilidade do Flamengo é muito grande e você tem que fazer futebol pensando em retorno financeiro”, explicou o presidente celeste Alvimar de Oliveira Costa.
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