O presidente do Bahia, Petrônio Barradas, divulgou uma nota oficial nesta sexta-feira, respondendo às declarações dadas pelo Movimento Unidade Tricolor nessa semana para a imprensa. O dirigente, que faz diversos ataques ao movimento, só não comentou sobre a proposta de união feita pelo grupo oposicionista antes da eleição do Conselho. Confira o texto, disponibilizado pela assessoria de imprensa do clube:
“As recentes declarações da oposição na imprensa, através da pessoa do seu chefe Fernando Carneiro, nada mais são, ao meu ver, do que lamento de perdedor e necessidade de afirmação para manter-se na mídia.
O grupo da desunidade tricolor foi derrotado nas eleições para a presidência, com mais de 75% de votos contrários. A desunidade tricolor também perdeu de forma expressiva na assembléia para a escolha dos novos conselheiros, com 90% de rejeição. Nas duas ocasiões, atendi a tudo que foi solicitados pelo então candidato Fernando Carneiro. Repito: tudo que foi solicitado foi atendido, mesmo sem a obrigação de fazê-lo.
Na eleição para a presidência do Esporte Clube Bahia, realizada no último dia 7 de novembro, no ginásio da nossa sede de praia, convidei pessoalmente o então candidato Fernando Carneiro para participar da minha gestão, caso eu fosse eleito, bem como me comprometi a entregar-lhe sugestões, idéias e projetos que tinha, na hipótese do conselho escolhê-lo. Recebi como resposta de Fernando Carneiro, com um sorriso sarcástico: depois conversaremos.
A resposta definitiva e negativa, contudo, foi quase imediata. Em entrevistas, logo após a divulgação do resultado da eleição, o então candidato oposicionista declarou, para a minha surpresa, que não participaria de nada com aqueles que foram eleitos. O que mais causou espécie e estranheza, porém, não só para mim, mas para todos os reais tricolores presentes ao ginásio da sede de praia, foi o fato dos componentes da chapa perdedora entoarem, ainda no ginásio da nossa sede, os seguintes gritos (pasmem!): ão, ão, ão, Bahia terceira divisão e ão, ão, ão, Vitória pentacampeão. Atitude de completo desrespeito a um reduto sagrado do Esporte Clube Bahia, o ginásio em que conquistamos tantos títulos e que custou tanto sacrifício para sua edificação. Será que isto é digno e advém de verdadeiros tricolores?
Desde antes de ser eleito até os dias de hoje, sempre que me pronuncio, lembro e reafirmo os slogans por mim criados: união e trabalho e as portas do Fazendão não têm chaves. Tudo isso continua, pois tenho convicção que, só com união e trabalho, o Bahia voltará à Série A do futebol brasileiro, de onde nunca deveria ter saído.
Quanto aos supostos misteriosos investidores, se é que eles realmente existem e confiam nas pessoas com quem têm, supostamente, mantido contato, que os opositores os tragam para trabalharmos juntos em prol do Esporte Clube Bahia, pois esta é a estrela de grandeza maior, e deve estar acima de qualquer interesse individual.
Que venha o grupo, ou grupos, que se apresentem para trabalhar e colaborar, como têm feito diversos sócios, torcedores e conselheiros, ao invés de insistir em desarmonizar o ambiente de trabalho do nosso tricolor, desejando o quanto pior melhor. Que transformem as pedras que quebram em tijolos que edifiquem. Deixem de só enxergar o cisco no mármore.
As portas continuam e continuarão abertas. Existem os misteriosos investidores? Que se apresentem, participem, pois o mais importante é o Esporte Clube Bahia, que é, foi e sempre será eterno, acima da qualquer um de nós.
Vale ressaltar porém que rejeito, com veemência, a exigência absurda de renuncia da atual diretoria para a vinda dos misteriosos investidores. Isto significaria rasgar o Estatuto do clube, uma vez que fui eleito legítima e inquestionavelmente, por 75% do conselho, de forma, portanto, totalmente condizente com o que rege a carta magna do Esporte Clube Bahia. Não vamos vender uma eleição por misteriosos e supostos R$ 5 milhões ou qualquer quantia que seja, para quem quer que seja, apenas para que o Sr. Fernando Carneiro assuma a presidência e coloque na diretoria os seus ex-cunhado e sobrinho. Nós, verdadeiros tricolores, não aceitamos.
O movimento da desunidade tricolor, liderado pelo Sr. Fernando Carneiro, com esse tipo de reações desvairadas, raivosas e descontroladas, dá uma demonstração inequívoca da não existência de um efetivo comando e a intenção explícita de tomar, à força, o poder que foi conquistado legitimamente na eleição mais concorrida e democrática da história do Esporte Clube Bahia.
O esclarecimento acima é para que as mentiras repetidas não se tornem verdades. Como não tenho tempo a perder com bate-bocas e picuinhas, juntamente com toda a minha equipe e companheiros de trabalho, continuarei a laborar pela nossa razão maior: o Esporte Clube Bahia.
Atenciosamente,
Petrônio Barradas
Presidente do Esporte Clube Bahia”
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