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Dupla Ba-Vi tenta negociar dívidas trabalhistas

Notícia
Historico
Publicada em 31 de maio de 2006 às 16:51 por Da Redação

A edição desta quarta-feira do jornal Atarde traz como destaque o fato de que quase 50% da arrecadação do Tricolor e de seu rival é “comida” por dívidas com jogadores que já estão bem longe. Ambos os clubes tentam negociar estas dívidas. Confira a matéria:

“Quase a metade da receita mensal do Vitória e do Bahia está comprometida com pendengas trabalhistas. Um desfalque e tanto para instituições que já penam com seus combalidos cofres. Para amenizar a situação, os dois maiores clubes do Estado procuraram a Justiça do Trabalho. O objetivo é adequar os débitos à nova realidade financeira, afetada pela queda de ambos para a Terceira Divisão.

Estimativa não-oficial dá conta de que a arrecadação mensal do Bahia está na casa dos R$ 400 mil. Nada menos que R$ 170 mil são destinados ao pagamento de acordos trabalhistas. Ex-jogadores, como Robgol e Preto, todos os meses têm suas contas abastecidas por alguns milhares de reais, dinheiro devido pelo clube.

No último dia 19, Bahia e Vitória protocolaram petição no Juízo de Conciliação da Segunda Instância, em Nazaré. De acordo com o juiz-auxiliar, João Batista Sales, os clubes estão procurando maneiras de pagar os acordos sem que isso represente o descontrole total das finanças. “Os clubes alegam que a situação financeira se agravou, após a queda para a Série C”.

IRREAL A explicação é simples. Os acordos trabalhistas com ex-funcionários e atletas aconteceram quando Vitória e Bahia estavam nas Séries A e B. A queda brusca de receitas tornou mais pesado o fardo. “A realidade era outra. Para se ter idéia, se o Vitória estivesse na Série A teria uma arrecadação mensal beirando R$ 1 milhão. Certamente, a média cresceria com a venda de jogadores, como ocorria no passado”, salienta Jorge Sande.

De acordo com o juiz-auxiliar, o valor global dos acordos trabalhistas da dupla Ba-Vi ainda está em fase de quantificação.

Na audiência de conciliação, a ser programada, deve-se fixar um valor mensal a ser aportado ou o bloqueio de percentual da receita líquida dos clubes.

Só que tudo depende de muita conversa na Justiça do Trabalho. “É necessário o consenso entre o presidente da Segunda Instância, desembargador Waldomiro Pereira, representantes dos clubes e os advogados das partes reclamantes (processos ainda aguardando sentença) e exeqüentes (casos já julgados)”, explica o magistrado.

Ainda durante a disputa do Campeonato Baiano, o presidente do Bahia já expunha sua preocupação a respeito do tema. Às voltas com uma greve de funcionários, que cobravam salários atrasados, Petrônio Barradas ressaltava que um dos motivos da paralisação foi a falsa idéia de que o clube fica com toda a renda das partidas.

O movimento grevista ocorreu após um Ba-Vi, na Fonte Nova, que teve renda bruta de R$ 192.422,50. “Muitas pessoas imaginam que o Bahia recebeu a arrecadação integral. Mas a maior parte do dinheiro foi destinada ao pagamento de impostos e acordos trabalhistas, que, se não forem pagos, geram problemas judiciais”, justificou Barradas, à época.

Conciliação de acordos trabalhistas não é novidade no futebol brasileiro. Há precedentes no Rio e Pernambuco.”

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