Autor do tento que no dia 7 de agosto de 1994 deu um sofrido bicampeonato estadual ao Bahia, o ex-atacante Raudinei até hoje permanece ligado ao futebol. Agora é o empresário Raudinei Santos, procurador de jogadores como o centroavante Robgol (ex-Paysandu), o atacante Alex Alves (ex-Vitória), o zagueiro Índio (ex-Juventude) e o meia Éder (Marília).
Após pendurar as chuteiras, trocou os campos pelos escritórios e virou agente FIFA, a exemplo de vários outros ex-atletas como ele: geralmente apenas medianos na carreira, porém mais esclarecidos que os antigos companheiros.
“Muitos vêem o agente como um mercenário. Não é bem assim. Trabalhamos muito, gastando em contatos com equipes, viagens, fitas de divulgação e telefonemas internacionais”, disse o responsável pelo inesquecível título de doze anos atrás. “Já ajudei muita gente que ganhava 3 mil reais a ir para a Europa receber 20 mil dólares mensais”, afirma.
O certo é que Raudinei, atualmente morando no interior paulista, tinha tudo para cair no esquecimento da Nação Tricolor. Não era nem titular. Mas depois daquele gol histórico, nada disso importa. Parafraseando Nestor Mendes Jr., no livro Bahia: Esporte Clube da Felicidade, “ele pode não figurar na constelação de craques do clube, mas para a torcida será sempre ídolo, sempre amado”.
“Eu me lembro que o Souza tocou a bola para mim entre dois zagueiros e tive a intenção de dar um toquinho para dominar antes de chutar, mas a bola caiu na minha perna boa, a esquerda, e eu bati de primeira. É o tipo de bola que o goleiro só pega se for em cima dele, não tem defesa”, contou.
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