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Samuel Celestino quer “mandar os malditos embora”

Notícia
Historico
Publicada em 23 de novembro de 2006 às 11:22 por Da Redação

A tradicional coluna do articulista tricolor Samuel Celestino, no jornal A Tarde desta quarta-feira, bate de frente com a diretoria do Bahia. O texto abaixo se encontra na página 14 do períodico:

Foto: Arquivo“Há cerca de três anos e picos, deste espaço, para não me dirigir à diretoria do Esporte Clube Bahia por entendê-la incompetente, dúbia e, até prova em contrário, suspeita, me afastei do Conselho do clube onde fui colocado à revelia, sem consulta prévia e quando estava fora do País. O Bahia descia a laderia conduzido por mãos incompetentes e por um grupo que o tinha e o tem como capitania hereditária – herdade de Osório Villas-Boas.

Esse grupo encontrou em Paulo Maracajá a sua expressão melhor acabada. O Bahia foi usado para política partidária, para ungir mandatos parlamentares, foi passaporte para que Maracajá chegasse ao Tribunal de Contas, e foi sempre tratado como coisa privada, com um Conselho maleável, comprometido com os interesses do grupo que agora é representado por Petrônio não sei de quê, presidente do ex-tricolor de aço.

O Bahia e a política sempre estiveram envolvidos num conluio que emasculava o clube. O Vitória, também. Às minhas críticas – e foram várias -, recebi invariavelmente e-mails de pessoas conscientes sobre o que acontecia, portanto de acordo com o meu pensamento, ou manifestações apaixonadas das arquibancadas da Fonte Nova, que teriam que ficar, como agora estão, tristes, silenciosas e vazias.

O velho Bahia de tradições e glórias, de Adroaldo Ribero Costa, que aqui fica como símbolo, para não citar outros nomes, foi saqueado na sua história e arrastado para um processo de decadência progressiva até chegar à situação do momento: ao nada ou ao quase nada.

Declaro-me também em campanha. Há algum tempo já não tenho voz, nem sei mais gritar o nome do time. Nem braços tenho para serem erguidos em comemoração a uma vitória. A campanha na qual eu me disponho é realizar uma reengenharia do clube, um começar de novo. Não participarei nem me envolverei em processos eleitores do velho Bahia nas suas glórias emasculado.

O que eu quero é mandar os malditos embora. É dissolver o Conselho. Auditar as contas do clube. Saber o quanto deve, a quem e por que deve. Diagnosticar a derrocada de uma tradição. Quero o resgate de uma paixão que não é minha nem de ninguém. É da Bahia esportiva, que, assim como o tricolor, tem o Vitória e já teve outras alegrias nas arquibancadas dominicais, como Ypiranga, o Galícia e o Botafogo. Para esta campanha, contem comigo”.

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