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Passeata reúne 50 mil na Avenida Sete

Notícia
Historico
Publicada em 24 de novembro de 2006 às 19:59 por Da Redação

Mesmo sem entrar em campo, o Bahia bateu o recorde de público das Séries A, B e C nesta histórica sexta-feira, 24 de novembro. Jamais uma torcida de futebol havia feito algo parecido neste País. Revoltada com a situação falimentar do clube do coração, a Nação Tricolor lotou a Avenida Sete de Setembro e exigiu a saída de toda a diretoria azul, vermelha e branca, capitaneada pelo presidente Petrônio Barradas. A voz do povo é a voz de Deus.

Até Ele, aliás, contribuiu para o sucesso inconteste do movimento. A chuva só foi começar a cair justamente quando a passeata se encerrou na Praça Castro Alves, às 19 horas – depois de partir do Campo Grande pontualmente às 16, com direito a foguetório. Neste momento, a última parcial dos organizadores comemorava o apoio de 58.650 torcedores. Também houve quem falasse em 10 mil, mas o comandante Marcelo, da Polícia Militar, garantiu à equipe ecbahia.com.br a presença de pelo menos 50 mil pessoas no local.

Em meio ao trio elétrico comandado pelos cantores Cid Guerreiro e Lui Muritiba, a massa deu o aval para que a oposição anunciasse o prazo de quatro dias para a renúncia de Petrônio Barradas. “Ele tem até terça-feira. Caso contrário, vamos entrar na Justiça com pedido de intervenção imediata no clube”, ameaçou o advogado César Oliveira. A ação se basearia no parecer favorável do Ministério Público sobre a existência de irregularidades na formação do contrato que originou a sociedade entre o Bahia e o banco Opportunity.

REFUNDAÇÃO – Enquanto os ambulantes faziam a festa, aproveitando a farta clientela, políticos como Nelson Pelegrino, Lídice da Mata, Marcos Medrado e Sandro Régis, além de integrantes da Unidade Tricolor, Bahia Livre, Bamor e Povão engrossavam o coro dos manifestantes. Das sacadas das casas, repletas durante todo o percurso, pôde-se observar a participação de Fernando Jorge, Nestor Mendes Jr., Luiz Osório, Walter Telles, Edmilson Gouvêa, Reub Celestino e do ex-presidente Fernando Schmidt, que defendeu uma refundação do clube.

O hino do Esquadrão de Aço praticamente só deixou de tocar no momento em que a massa cumpriu um minuto de silêncio, já no final da passeata, lamentando-se sobre como um clube bicampeão brasileiro chegou ao fundo do poço. E na execução do hino do Senhor do Bonfim, com os torcedores ajoelhados, em catarse coletiva, sobre o asfalto da Praça da Sé.

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