Adaptado da matéria de Nelson Barros Neto publicada no jornal A Tarde desta quinta-feira:
“Ninguém quer aliar o nome de sua empresa a um perdedor. Mas, se houver realmente uma mudança, aí sim, acho que os anunciantes vão fazer qualquer sacrifício para investir num clube como esse, cujo público-alvo é tão fanático”.
As palavras de Thusnelda Frick, diretora de operações da Bis Esportes, empresa especializada em marketing esportivo, são endereçadas ao Bahia. Ela afirma que esse não é um bom momento para colocar dinheiro no Tricolor.
Sem conquistar um título há cinco anos e sem sequer estar garantido na Série C de 2007, o Esquadrão é visto com desconfiança por enventuais patrocinadores, como afirma Thusnelda. “Investimento de risco ninguém quer, né? Normalmente são valores altos, pelo fato de atingir um grande público, e não é interessante aliar a marca a um time que está mal administrado. O problema do Bahia é que necessita ser mexido, mudar as pessoas, a metodologia de trabalho”.
No caminho inverso ao da atual diretoria, a oposição apresenta alternativas na área do marketing. O principal nome dos oposicionistas, o empresário Fernando Jorge Carneiro, faz uma afirmação categórica. “Ninguém acredita mais no Bahia como ele vem sendo administrado. A gente recebe telefonemas todo dia de pessoas se colocando à disposição para ajudar. Nosso plano de marketing seria extremamente agressivo e teria muita gente envolvida”.
O principal nome por trás do grupo é o do publicitário Fernando Passos, diretor da agência Engenhonovo. “Se a gente assumir, uma das coisas que pretendemos fazer é montar um grande conselho contando com personalidades geniais da área, como Nizan Guanaes, Enio Carvalho, Eduardo Santos e Sérgio Amado, que já se mostraram dispostos a participar”, conta Passos.
O publicitário afirma que com a saída da “diretoria velha”, o Bahia retomará a credibilidade. “Não pretendemos inventar a roda, mas existem experiências nacionais bem-sucedidas no Inter, Atlético-PR e até Flamengo que devem ser aproveitadas. Se 50 mil pessoas foram às ruas para pedir um Bahia novo, uma quantidade ainda maior certamente estará disposta a reerguê-lo”, conclui.
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