Temporada que passou pode ser considerada a pior da história tricolor. Relembre os principais fatos dos últimos e duros doze meses:
JANEIRO – Aniversário sem festa
Uma semana depois de completar 75 anos, o Bahia estréia no Estadual com derrota para o Itabuna. Na lanterna, após uma série de tropeços, dispensa 10 dos 24 reforços e decide apostar na garotada da Copa São Paulo. Falhas no Ba-Vi fazem o goleiro Márcio deixar o clube, que ainda detecta um problema cardíaco no atacante Capitão.
FEVEREIRO – Era Meninos do Fazendão
Com nove juniores no elenco profissional, o Bahia passa o mês invicto. Mesmo assim, o segundo empate consecutivo na Fonte Nova, desta vez contra o Ipitanga, derruba o técnico Luís Carlos Cruz. Após a recusa de Toninho Cerezo, Charles assume interinamente e classifica a equipe no Baianão. André Leonel e Chiquinho são uns dos que vão embora.
MARÇO – Vexame nacional
No Dia Internacional da Mulher, o primeiro grande fracasso do ano. Tricolor leva 2 a 1 dentro de casa do Ceilândia-DF e é eliminado logo na fase inicial da Copa do Brasil. No Estadual, o time não consegue superar o Colo-Colo e fica duas semanas de férias forçadas, assistindo à decisão do 1º turno. Chegam Didé, Adelino e Da Silva.
ABRIL – Nova carreta
Depois de começar o 2º turno empatando na Fonte Nova com o Camaçari, derrota para o Tigre, em Ilhéus, provoca a contratação do técnico Mauro Fernandes. Diretoria traz nove jogadores, mais experientes, e a equipe termina se recuperando. Situação e oposição disputam recompra das ações do Opportunity.
MAIO – Nem fim de tabu salva
Bahia atropela Itabuna nas quartas, mas volta a morrer nas semifinais. Embora tenha vencido em pleno Barradão, o que não acontecia há mais de oito anos, time se despede do Estadual porque perdeu na Fonte Nova pelo mesmo placar de 1 a 0. Sorato acusa o árbitro Fernando Andade de tê-lo agredido durante o clássico.
JUNHO – Entressafra no Mundial
Graças à Copa do Mundo da Alemanha, o Bahia tem 40 dias de prepararação para a Série C. Pré-temporada se divide entre as cidades de Jequié e Ipiaú. Diretoria contrata seis atletas, a exemplo de Gil e Ednei, e troca Jair pelo rubro-negro Alessandro Azevedo. Torcedores lançam Turma Tricolor para manter os salários em dia.
JULHO – Começa a Terceirona
Bahia estréia sofrendo 2 a 1 do Confiança e ansiedade da torcida é transformada em frustração. Triunfos com pênaltis duvidosos colocam time no topo do grupo, mas não impedem uma repentina demissão de Mauro Fernandes. Culpa dos salários atrasados e do mal-estar com membros da direção. Sobra novamente para Charles Fabian.
AGOSTO – Jornada continua
Com Charles já efetivado, Esquadrão de Aço avança por antecipação para a segunda fase, onde também se classifica na liderança. São Paulo aproveita brecha contratual e leva o jovem Bruno César. Enquanto esperneia, Bahia anuncia Emerson e Isac, mas perde Reinaldo, Bruno Heleno e França, insatisfeitos com a reserva.
SETEMBRO – Pronto para o G-8
Bahia alcança a melhor campanha geral do certame ao superar mais uma etapa da Série C. Vaga para o octogonal final é facilitada com a punição do STJD ao Ananindeua, adversário batido na Fonte Nova, lotada por mais de 46 mil pessoas. Em três dias, chegam últimos seis reforços da temporada. Fila é puxada por Luciano Baiano.
OUTUBRO – Sonho vai murchando
Já balançando pelo futebol nada convincente das fases anteriores, Charles Fabian não resiste ao péssimo início de octogonal e é trocado por Lula Pereira. A estréia contra o Ferroviário é boa, mas dois novos tropeços fazem torcedores explodirem de indignação. Na invasão do dia 28, contra o Ipatinga, cerca de 40 saem feridos da Fonte Nova.
NOVEMBRO – Fora de série
O mês começa com triunfo sobre o rival, no Barradão, porém termina com a eliminação da equipe, que vai precisar se garantir na próxima Série C através do Estadual 2007. A crise se instala. Médicos reclamam 16 meses de atrasados, Paulo César diz que se sente largado no clube e milhares de pessoas vão às ruas pela saída da direção.
DEZEMBRO – Guerra nos bastidores
O presidente Petrônio Barradas bate o pé e continua no cargo, apesar de toda a pressão popular. Tentativa de conciliação do desembargador Carlos Cintra não prospera e oposição entra com ação de intervenção na Justiça Comum. Renato Brás assume o futebol e começa a contratar. Arturzinho é o novo treinador.
Matéria publicada na edição de 29/12/2006 do jornal A Tarde
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