Apenas 239 pessoas pagaram ingresso para assistir ao movimentado confronto de tricolores, neste domingo, numa Fonte Nova que sediou desde enterro simbólico de dirigentes a cenas de selvageria entre as organizadas de Bahia e Fluminense. No final, apesar das chances desperdiças e dos sustos de sua defesa, o Esquadrão ganhou de 3 a 2 e pulou para o terceiro lugar do Estadual, com seis pontos, graças aos dois deveres de casa da semana.
Desta vez com dois meias-ofensivos e o estreante Carlos Alberto na lateral-direita, o time de Arturzinho apresentou um melhor futebol, mas ainda insuficiente para encerrar a desconfiança da galera nas arquibancadas. Desde o início do jogo foram criadas boas chances pelo ataque azul, vermelho e branco, porém não raro o Touro do Sertão chegava com perigo ao gol de Darci.
Mesmo assim, o primeiro tempo terminou 1 a 0 para o Bahia do atacante Fábio Saci, que balançou as redes logo a 1 minuto e 40 segundos de bola rolando. O placar só não foi maior porque Ednei e Da Silva não aproveitaram as inúmeras assistências do meia Rafael Bastos, em tarde inspirada. Encerrada a etapa inicial, o técnico do Fluminense, Quintino Barbosa, respirou aliviado: Demos sorte de não estar levando uma goleada.
BARBÁRIE A bronca no intervalo rapidamente deu resultado, já que logo no começo do segundo tempo Flávio correu para os braços do treinador. No lance seguinte, entretanto, Da Silva serviu e Rafael Bastos humilhou o goleiro Paulo Carneiro, para alegria dos cerca de 5 mil presentes ao estádio. Como sempre, foram trocados todos os ingressos da promoção Sua Nota É Um Show, mas metade encalhou na mão dos cambistas.
Em novo cruzamento do feirense Flávio, os visitantes voltaram a igualar o escore, através do ex-tricolor Marcos Chaves, que atuou no Fazendão no ano 2000. Tensão no Octávio Mangabeira. O tempo passava, as substituições se sucediam e a pequena torcida do Flu fazia festa rodeada por policiais militares.
Eis que surge a cabeça salvadora do camisa 11 tricolor, assumindo a artilharia da competição, com 4 tentos. Fábio não teve dificuldades para testar o ótimo cruzamento de Maricá e pular de uma perna só em direção à massa que, carente de ídolos, entoou o seu nome após o apito do árbitro Jailson Macedo Freitas. Até hino e cânticos de amor ao clube puderam ser ouvidos no anel inferior. Essa é a fundamentalista torcida do Bahia.
Mas infelizmente parte dela insiste em repetir os péssimos exemplos do Sul/Sudeste do País. Membros da Bamor acabaram entrando em conflito com a Falange Tricolor, uniformizada adversária, na região do Portão 4 da Fonte. O saldo depois das bombas caseiras e pedras arremessadas de ambos os lados foram pelo menos seis atendimentos do Samu, muito sangue e carros danificados, inclusive da imprensa. Pior para o do torcedor Armando Lacerda, extremamente transtornado, que não sabia a quem recorrer.
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