De Adalício Neto, no jornal A Tarde desta quinta-feira:
“Uma galera tricolor está se preparando para ir à avenida, hoje, com o bloco da Independência Tricolor. Os fanáticos pelo Bahia querem fazer uma festa melhor do que a dos torcedores rubro-negros, que sairão com seu bloco amanhã, no circuito da Barra. Eles começam a concentração no Campo Grande a partir das 17 horas e são os primeiros a entrar no Circuito Osmar, comandados pelo cantor tricolor Cid Guerreiro.
Este é o mesmo pessoal da Frente Única Tricolor (FUT) que tem brigado pela saída da atual diretoria do Esporte Clube Bahia. A organização da folia com cara de passeata é, principalmente, das torcidas organizadas Bamor e Povão, mas tem apoio de outros torcedores.
Cid não quer saber dos paliativos feitos no time. “A nação tricolor não está satisfeita. Queremos a saída de toda a diretoria e do Conselho também. Esperamos o mesmo sucesso da outra manifestação”. Segundo Guerreiro, foi esse pessoal que colocou o Bahia na situação em que está hoje, independentemente das últimas vitórias no Campeonato Baiano.
O presidente da Bamor, Jorge Santana, afirma que os torcedores não querem destruir a imagem do Bahia, mas fazer o bota-fora dos atuais dirigentes. “Eles têm que cair fora. Nesses tempos estou largando tudo de mão para correr atrás do Bahia”, conta Santana. Segundo ele, até sua vida profissional, como representante de indústrias de material desportivo, ficou pior depois dessa entrega à causa anti-Petrônio Barradas e seus companheiros.
Ele ainda reclama de alguns torcedores que, após as últimas vitórias do time, deixaram de pegar no pé dos dirigentes tricolores.
AINDA TEM – O pessoal da Bamor e da Povão afirmou que ainda há muitas camisas para serem vendidas. Quem quiser participar da festa tricolor pode entrar em contato com representantes das torcidas nos telefones 3328-0548 e 3492-9686. A camisa custa R$ 10.
Torcedores ainda esperam mudanças
Da questão levantada por Petrônio sobre a utilização do Bahia para benefício próprio, como a distribuição de ingressos com fins eleitoreiros, Jorge afirmou que nunca recebeu ingressos do clube, mas dos patrocinadores. Eles queriam comprar nosso silêncio, explicou.
Além disso, ele disse que no jogo contra o Ipatinga, no ano passado, não instigou ninguém a invadir o gramado. Se eu tivesse incentivado, eles tinham tocado fogo no estádio, contou.
Ele disse que as torcidas também querem saber quem são os autores das agressões no primeiro Ba-Vi deste ano. E vamos entregar eles à polícia, seja Bahia ou Vitória, prometeu.
O torcedor Silvan Guardiani acredita que a manifestação com trio elétrico e presença de artistas e torcida é importante. Vai ser ótimo! Vamos mostrar mais uma vez que queremos eles fora na maior festa do planeta, disse, acrescentando que os torcedores precisam mesmo mostrar toda a sua revolta.
POVÃO O presidente da torcida Povão, Rosalvo Castro, conta que a idéia é acabar com a maneira ditatorial que os diretores conduzem o time. Eles nem falam do estatuto, ressaltou.
Para ele, o estatuto é um ponto-chave para todos os problemas do clube. Temos que democratizar. A pressão das manifestações e protestos são importantes. Eles se sentiram tão cobrados que começaram a pagar os trabalhadores do Bahia, com medo das multas, afirmou Rosalvo.
Ele disse, ainda, que a atual administração do Bahia quer apenas continuar no poder e, por isso, tenta fazer um time razoável para empurrar com a barriga e ficar no clube de qualquer maneira.
A democratização tem que ser feita agora e não em 2008, como eles querem. E não adianta cobrar 250 reais ao sócio, nem fazer assembléias forjadas, criticou Rosalvo Castro.
O presidente da Povão só pede que os torcedores do Bahia não esqueçam a questão só por que o time agora está ganhando”.
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