O texto abaixo se encontra no site da Associação Bahia Livre:
`Ao contrário do ocorrido no ano passado (quando houve atraso de quase 4 meses), o Balanço Anual da Ligafutebol S.A (controladora do BASA) foi divulgado no prazo legal. Todavia, deve-se destacar que o documento não apresenta o detalhamento das receitas e despesas da atividade de desporto, já que os auditores independentes não tiveram acesso aos números do BASA, conforme 3º parágrafo do relatório da Performance Auditoria e Consultoria Empresarial S/S:
“Não examinamos, nem foram examinados por outros auditores independentes, as demonstrações contábeis da controlada Esporte Clube Bahia S.A.”, correspondentes ao período findo em 31.12.2006, cujo saldo do investimento representa 99% do total do ativo da Companhia naquela data. Como conseqüência, não nos foi possível formar uma opinião quanto à adequação dos valores representativos do investimento e o correspondente resultado de equivalência patrimonial, com base no valor de patrimônio líquido daquela empresa, bem como quanto aos créditos a receber mantidos com a controlada, conforme mencionado nas notas explicativas nº 10 – às demonstrações contábeis.
Apresentadas as ressalvas acima, vamos aos principais destaques do balanço:
1) Apesar de ter disputado a última divisão nacional em 2006, a receita operacional líquida da atividade de desporto (receita de transmissão de TV, renda de bilheteria, negociação de atletas, publicidade estática, patrocínios etc. menos deduções da atividade de desporto) totalizou R$ 9,1 milhões (contra R$ 9,9 milhões em 2005, quando o time jogou na Série B). Já os custos da atividade de desporto caíram de R$ 12,6 milhões em 2005 para R$ 9,8 milhões em 2006 (queda de 23%), tendo o resultado da atividade de desporto ficado negativo (-R$ 634 mil, contra um prejuízo de R$ 2,8 milhões em 2005).
2) Para o BASA equilibrar as suas contas é necessário que o “negócio futebol” gere caixa suficiente para cobrir as despesas operacionais. Infelizmente (apesar da redução de 38,4% nas despesas líquidas gerais e administrativas), mais uma vez, isso não ocorreu!! Resultado: o BASA registrou prejuízo de R$ 4,8 milhões em 2006, elevando o déficit do patrimônio líquido (passivo a descoberto) para incríveis R$ 41,6 milhões!!!!!!
3) O Balanço de 2006 repete o texto do item “Evento Subseqüente” do Balanço de 2005, provando (para a surpresa de alguns) que o distrato não foi “sacramentado”. Segue o texto na íntegra (grifo nosso):
13 – Evento Subseqüente
A Companhia firmou em 19 de junho de 2006 “Instrumento Particular de Transação, Venda de Ações, Confissão de Dívida, Cessão de Direitos em Pagamento e Outras Avenças” com a Esporte Clube Bahia S.A. e o Esporte Clube Bahia, onde a Companhia vende ao Esporte Clube Bahia 2.940.000 ações ordinárias pelo preço de R$ 1,00, e 2.815.000 ações Preferenciais tipo A pelo preço de R$ 1,00, ações estas que a Companhia detinha da Esporte Clube Bahia S.A..
Em face deste contrato, a Esporte Clube Bahia S/A assume perante o Esporte Clube Bahia a dívida no valor de R$ 2.646 mil derivada do contrato de concessão ficando desonerada a Companhia do pagamento devido ao Esporte Clube Bahia. Operando a quitação entre o Esporte Clube Bahia, a Companhia e a Esporte Clube Bahia S.A. das obrigações mencionadas no contrato de arrendamento e sub-arrendamento, sem prejuízo dos direitos que estão assegurados a Companhia nos contratos de Arrendamento e Sub-arrendamento.
A Esporte Clube Bahia S.A. em decorrência do mútuo em aberto e do não exercício da opção, reconhece e se confessa devedor à Companhia do valor de R$ 475 mil e do valor histórico de R$ 3.924 mil totalizando R$ 4.399 mil.
O crédito confessado será pago pela Esporte Clube Bahia S/A mediante a cessão em pagamento, no percentual equivalente a 10%, nos anos de 2006 e 2007, dos direitos federativos relativos aos atletas profissionais vinculados ao Esporte Clube Bahia S/A e eventualmente ao Esporte Clube Bahia, 20% em 2008 e 30% a partir de 2009 até 10 de fevereiro de 2023.
A Companhia outorga em favor do Esporte Clube Bahia a opção de compra da totalidade de suas ações preferenciais tipo B nas condições e prazos estipulados no contrato.
A opção de compra somente poderá ser exercida pelo Esporte Clube Bahia no período entre 10 de janeiro de 2023 e 10 de fevereiro de 2023.
Em caso de descumprimento dos termos do contrato pelo Esporte Clube Bahia e pela Esporte Clube Bahia S.A. a Companhia tem o direito à conversão de suas ações preferenciais tipo A em ordinárias.A eficácia do presente contrato fica subordinada ao implemento de condição consistente na aprovação, dentro de prazo de 30 (trinta) dias contados da assinatura do contrato, pelos órgãos diretivos do Esporte Clube Bahia (Assembléia Geral dos Sócios e Conselho Deliberativo) e pelos Conselhos Administrativos da Esporte Clube Bahia S.A e da Companhia, que até esta data não ocorreu. As partes estão negociando uma possível prorrogação desse prazo.
Quem desejar ler a íntegra do relatório, basta solicitar pelo e-mail [email protected]´.
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.