De Daniel Dórea, no jornal A Tarde desta quarta-feira:
“Em 2007, o Esquadrão de Aço completou 76 anos de existência. Durante todo esse tempo de glórias, tristeza e muita paixão, foram poucos os dirigentes que administraram o clube de forma correta.
Um dos maiores exemplos de incompetência e falta de democracia é o fato de que nunca houve eleições diretas para nomear o presidente do Bahia. Petrônio Barradas, o atual manda-chuva, foi eleito por 80% dos votos de apenas 266 conselheiros, que “representaram” uma torcida capaz de colocar 60 mil pessoas na Fonte Nova em um jogo importante.
Hoje, muito se fala sobre a real possibilidade de haver uma mudança no programa Sua nota é um Show, responsável por boa parte da renda tricolor no Campeonato Estadual. O governo Jaques Wagner pretende limitar o benefício apenas para as equipes que modernizarem os seus estatutos, com a exigência de eleições diretas para presidente.
Se realmente o projeto se concretizar, Petrônio Barradas terá que escolher entre uma importante renda e sua continuidade no poder. O diretor de futebol, Ruy Accioly, prefere esperar uma definição para expor sua opinião. “Vamos primeiro ver se o governador vai fazer isso mesmo”, disse.
Sobre a possibilidade de mudanças na cartilha do clube, ele dá esperanças – mesmo mínimas – à torcida tricolor. “O presidente Petrônio Barradas já deu entrevistas a vocês e disse que vai mudar o estatuto”.A pergunta é: quando? “Aí, só perguntando para ele (Petrônio). Agora, eu estou trabalhando no departamento de futebol e não tenho conversado com ele sobre esses assuntos”, afirmou Accioly.
Durante toda a tarde e o início da noite de ontem, a reportagem procurou Petrônio Barradas, mas não conseguiu encontrá-lo no Fazendão, tampouco foi possível uma conversa por telefone. O espaço está aberto para o presidente falar sobre a tão esperada reforma do estatuto”.
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